Temporada de 2024 quebra marca de 12 anos na Fórmula 1

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Desde que a Fórmula 1 assumiu um novo regulamento aerodinâmico em 2022, a Red Bull Racing se tornou uma equipe dominante na principal categoria do automobilismo mundial, faturando os títulos de pilotos e construtores de maneira extremamente tranquila nas duas últimas temporadas. Tal hegemonia parecia continuar em 2024, mas, de uma hora para a outra, tudo mudou.

Depois de mais um começo de ano arrasador de Max Verstappen, o time austríaco começou a perder terreno e ver a força de outras equipes aumentar, ganhando concorrência de peso principalmente a partir da sexta etapa, no GP de Miami, vencido pela McLaren de Lando Norris. Hoje, é o próprio britânico o maior concorrente do holandês tricampeão na briga pelo título, embora o dono do carro número 1 continue come grande favorito ao tetra.

Segundo as cotações de grandes casas de apostas esportivas como a Betano, sequer é possível escolher a vitória de Max ao final do ano, enquanto um triunfo de Norris valeria 1,03. Atrás deles aparece Oscar Piastri, também da McLaren, com odds de 15,00, o que mostra que essa briga deve ficar restrita a apenas dois pilotos.

Desde o primeiro título de Verstappen, em disputa épica e polêmica contra Lewis Hamilton em 2021, não se vê uma rivalidade surgir nas pistas da F1. Mais do que isso, a temporada 2024 traz um equilíbrio que não se vê desde 2012, na última vez em que sete ou mais pilotos diferentes venceram uma corrida, algo que voltou a acontecer neste ano após Piastri cruzar em primeiro no GP da Hungria.

Para se ter ideia do quanto isso é difícil, apenas quatro vezes no século 21 houve tantos ganhadores de corrida numa única temporada, sendo que em 75 temporadas já iniciadas na história da categoria o fato ocorreu 16 vezes. O recorde pertence ao campeonato de 1982, quando 11 pilotos venceram ao menos uma prova, em 16 corridas realizadas.

2024

Já foram 13 corridas disputadas na atual temporada até aqui, e Max Verstappen foi quem mais triunfou, com um total de sete vitórias, no Bahrein, Arábia Saudita, Japão, China, Emília-Romagna, Canadá e Espanha. Além dele, Carlos Sainz (GP da Austrália), Lando Norris (GP de Miami), Charles Leclerc (GP de Mônaco), George Russel (GP da Áustria), Lewis Hamilton (GP da Grã-Bretanha) e Oscar Piastri (GP da Hungria) subiram no lugar mais alto do pódio.

2012

Em um campeonato marcado pelo equilíbrio e a disputa pelo título até a última corrida, no Brasil, oito pilotos diferentes venceram nas 20 provas de 2012, sendo que nas sete primeiras etapas não houve um único ganhador repetido. Assim, o campeão Sebastian Vettel foi quem mais vezes cruzou a linha de chegada no primeiro lugar, com cinco vitórias. Depois dele, completam a lista Lewis Hamilton (4), Jenson Button (3), Fernando Alonso (3), Mark Webber (2), Nico Rosberg (1), Pastor Maldonado (1) e Kimi Raikkonen (1).

2008

No ano do primeiro título de Lewis Hamilton na Fórmula 1 – naquela disputa inesquecível com Felipe Massa em que o britânico conseguiu a ultrapassagem que precisava para ser campeão na última curva da última volta no GP do Brasil –, o campeonato teve sete pilotos diferentes levando o troféu de primeiro lugar para casa.

Além dos cinco triunfos de Hamilton e dos seis de Massa, a temporada também viu ganharem uma corrida Kimi Raikkonen (2), Robert Kubica (1), Heikki Kovalainen (1), Sebastian Vettel (1) e Fernando Alonso (2), num total de 18 provas.

2003

Por fim, fechando a lista de quatro temporadas em que sete pilotos ou mais venceram uma prova no mesmo na Fórmula 1 durante o século 21, o ano de 2003 foi um dos raros campeonatos vencidos pela Ferrari de Michael Schumacher com certa dificuldade. Dominante em 2001, 2002 e 2004, o alemão ganhou a concorrência da McLaren de Kimi Raikkonen naquele ano, mas outros pilotos também tiraram uma casquinha da dupla.

O alemão ganhou seis vez e o finlandês apenas uma, embora tenha sido mais consistente ao longo do ano, ficando apenas cinco vezes em 16 corridas fora do pódio. Fora os dois, comemoram vitórias naquela ocasião David Coulthard (1), Giancarlo Fisichella (1), Fernando Alonso (1), Juan Pablo Montoya (2), Ralf Schumacher (2) e Rubens Barrichello (2).