Suspeita de febre amarela em distrito próximo a Afonso Cláudio preocupa moradores
Publicado em 27/01/2017 às 08:50
Desde o início da campanha, a Saúde de Afonso Cláudio já vacinou 15 mil pessoas contra a febre amarela. Na tarde de ontem (26), chegaram mais 18 mil doses da vacina e hoje (27), uma fila enorme se formou no entorno dos Postos de Saúde do Centro e do Bairro São Vicente. A população está preocupada por conta do número de primatas encontrados mortos.
Na tarde de quarta-feira (18), mais três macacos já estavam em estado de decomposição na localidade do empoçado, região onde outros animais já haviam sido localizados mortos. Diariamente os comunicadores da Rádio Educadora divulgam boletins sobre os casos e fazem alertas a todas as pessoas, especialmenteaos moradores da zona rural.
Por meio da Rádio Educadora, uma informação chegou hoje no início da tarde e com cuidado ela foi repassada com autorização de parentes. Um morador de um distrito mineiro, que faz divisa com Afonso Cláudio, está internado no Dório Silva, na Serra, com fortes suspeitas de febre amarela. Os sintomas são: dor de cabeça, dores no corpo, febre alta e palidez.
O portal Montanhas Capixabas falou por telefone com a irmã da vítima, em Vitória. Segundo Maria das Neves, o hospital ainda não deu o diagnóstico, mas o próprio irmão internado comentou que pessoas ligadas à Saúde já o avisaram que a principal suspeita é de febre amarela. Ainda segundo a irmã, a família está tranquila, já que ele se encontra internado.
De acordo com o médico-veterinário Rodrigo Garcia, responsável pela Vigilância Sanitária de Afonso Cláudio, o número de primatas encontrados mortos é grande, mas não existem casos comprovados de febre amarela no município, já que os resultados dos animais submetidos à necropsia ainda não chegaram à Secretaria de Saúde do Município.
“Recolhemos 79 animais e fizemos a necropsia em cinco. Todo material é encaminhado para o LACEM, em Vitória. O sangue é examinado aqui no estado, mas os órgãos são encaminhados para o Instituto Evandro Chagas, no Pará (PA), referência em exames da febre amarela. Estamos aguardando os resultados, para enfim, termos a dimensão do problema no município”, disse o médico-veterinário Rodrigo Garcia.