Sobreviventes do acidente com grupo de danças de Domingos Martins são ouvidos

Publicado em 21/09/2018 às 14:43

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Os sobreviventes do trágico acidente que vitimou 11 pessoas, sendo nove integrantes do Grupo Folclórico Bergfreunde de Campinho, Domingos Martins, foram ouvidos pela juíza de Domingos Martins, Mônica Martins, na tarde de ontem (21).

Sobreviventes do acidente com grupo de danças de Domingos Martins são ouvidos

Ana Paula Merscher Sobreira de Lima, 16 anos, sobrevivente

“Eu saí do grupo após o acidente porque não consegui esquecer toda essa situação. Até hoje tenho acompanhamento psicológico e é fundamental para eu tentar superar tudo o que presenciei. Minha família também me apóia muito”.

Um dos integrantes do grupo de danças contou que viu todo o acidente, que aconteceu na tarde do dia 10 de setembro de 2017, no quilômetro 450 da BR-101, em Mimoso do Sul. Eles voltavam, em um micro-ônibus, de uma apresentação na cidade mineira de Juiz de Fora.

O veículo foi atingido por um caminhão carregado de chapas de granito e, posteriormente, se chocou com uma carreta que transportava cerveja, vindo a se incendiar. Nielson Ferreira Brzesky, 39 anos, relatou que viu quando o caminhão veio em direção ao micro-ônibus.

Os depoimentos colhidos ontem fazem parte do processo criminal movido pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) que denunciou, na esfera criminal, o proprietário do caminhão, Marcelo José de Souza e o motorista Wesley Rainha Cardoso. Ambos já foram ouvidos por juiz do município de Cachoeiro de Itapemirim, juntamente com algumas testemunhas de defesa e de acusação.

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Willian José Mayer, 18 anos, sobrevivente

“A lembrança do acidente não passa. Vamos nos acostumando, mas todos os dias lembro do que passamos. Eu não consigo mais dormir durante viagens. Eu tenho muito receio de viajar. Eu vou todos os dias para a faculdade, em Vitória, e não consigo dormir durante o trajeto, como eu fazia antes do acidente”.

Quem vai julgar o caso é o juiz titular do município de Mimoso do Sul, onde ocorreu o acidente. Entretanto, os sobreviventes foram ouvidos ontem, em Domingos Martins, pois moram no município. Além da juíza Mônica, o promotor Evaldo Teixeira também acompanhou os depoimentos, que tiveram início às 13 horas e terminaram às 17h30.

Nielson Ferreira Brzesky foi o último a prestar depoimento. Ele era o único que estava acordado em todo o transcorrer do acidente. Ele também afirmou que conseguiu ver o caminhão carregado com as chapas se aproximando na direção contrária a que estava o micro-ônibus do grupo.

Nielson lembrou que, em dado momento, o caminhão chegou a invadir a pista por onde seguia o micro-ônibus do grupo. Ele relatou que o motorista do caminhão conseguiu desviar a parte frontal do caminhão, mas que as chapas de granito acabaram se soltando do cavalete, vindo a atingir o micro-ônibus.

Ele também se recordou dos momentos em que retornou até o micro-ônibus, já em chamas, após ter se chocado com a carreta que carregada cervejas, para ajudar a resgatar os sobreviventes Lorena Jahring Dias e Anderson Merscher Ewald.

Expectativa

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Ninive Degen de Carvalho, 16 anos, sobrevivente

“Foi muito angustiante no dia do acidente. Enquanto esperamos o socorro, vimos o ônibus pegando fogo. Até hoje eu não consigo viajar mais tranqüila. É um sentimento angustiante. A ajuda da família é muito importante para superarmos tudo. Agora, o mínimo que esperamos é a punição aos culpados”.

Agora que todos foram ouvidos, familiares e sobreviventes aguardam o julgamento dos réus, que ainda não tem data para ocorrer. O inspetor de qualidade em software Anderson Merscher Ewald, que no acidente também perdeu a esposa Fabiana Littig Ewald e o enteado Luiz Fabiano Littig Pereira, conta que também está processando, na esfera cível, cinco partes envolvidas na tragédia.

As ações movidas pelos sobreviventes variam em cada caso, mas os denunciados, de forma geral, são: a concessionária da rodovia – a empresa Eco101 Concessionária de Rodovias; a União, pelo fato de a rodovia onde aconteceu o acidente ser Federal; o proprietário do caminhão, Marcelo José de Souza; o motorista do veículo, Wesley Rainha Cardoso; e a empresa Colodetti, responsável pela extração e comercialização das chapas de granito.

 

 

 

 

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