Sem segurança, comércios de Afonso Cláudio fecham as portas e população deixa as ruas
Publicado em 07/02/2017 às 11:15
Por conta da greve dos policiais, o medo ainda impera entre os moradores de Afonso Cláudio, região serrana do Estado. Nenhuma viatura circula e em frente à 2ª Cia Independente de Afonso Cláudio, que é responsável pela segurança em Laranja da Terra, Conceição do Castelo e Venda Nova do Imigrante, existe um verdadeiro batalhão de mulheres e parentes dos agentes.
Eles estão irredutíveis com relação às suas reivindicações. De acordo com uma das coordenadoras do movimento em Afonso Cláudio, o movimento no Estado só terá fim quando o governo os convidá-los para uma reunião e sinalizar com propostas efetivas. Segundo a manifestante, que preferiu não se identificar, isso não é governar para o povo.
“Veja o que ocorre com a falta da PM nas ruas. Esses que hoje estão de braços cruzados, são os mesmos que, quando são chamados, colocam a vida em risco para defender a sociedade. Passou da hora do governo dar mais valor à saúde, educação e segurança pública. Com esses setores debilitados, o Brasil para. Ficar só na conversa de bastidores não adianta”, disse a manifestante.
Todas as segundas-feiras, a cidade superlota de pessoas do interior que vem às compras, resolvem questões bancárias e realizam suas compras nos comércios. Durante a manhã de ontem (06), trabalhadores em número bem inferior ao normal circulavam pela cidade. Mas as portas dos comércios e bancos fecharam e a cidade se esvaziou.
Programas da Rádio Educadora pipocaram as principais notícias do que vem ocorrendo pelo Estado e a população preferiu se recolher. Existem relatos de que bandidos em um Fiat Strada, uma pick-up, de modelo não informado e um Fiat Pálio seguiam sentido Afonso Cláudio, mas a cidade até às 17 horas continuava sem graves ocorrências.