Seag realiza estudos para implantação de sistema de rastreabilidade de alimentos

Publicado em 23/02/2019 às 11:32

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A Secretaria de Agricultura estuda a possibilidade de implantar no Espírito Santo uma nova ferramenta tecnológica, de fácil acesso e a custo zero, para o pequeno produtor rural, que o permita cumprir às determinações legais exigidas para a implantação do sistema de rastreabilidade, já existente no país.

A conversa aconteceu entre o Secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Paulo Foletto, e o vice-presidente da Associação Brasileira de Rastreabilidade de Alimentos (Abrarastro), Fernando Baccarin. O representante do órgão apresentou, na manhã desta quinta-feira (21), os trabalhos realizados pela entidade, voltados à rastreabilidade na produção agrícola.

Caso esse sistema seja adotado, o Estado será o primeiro do país a trabalhar com uma ferramenta tecnológica que visa dar maior transparência e segurança na comercialização de produtos, trazendo benefícios não apenas para o agricultor como também para o consumidor final.

“É um sistema muito simples, que dará ao pequeno produtor rural e à agricultura familiar a oportunidade de serem inseridos em um sistema informatizado que registre toda a sua produção”, explica Foletto.

Para o Secretário, nos casos onde o sistema digital não for possível, o produtor poderá anotar até mesmo em cadernos específicos os dados de sua produção.

“Com esses registros, o produtor poderá ter sempre à mão as informações necessárias até mesmo para se defender caso haja detecção de algum tipo de anormalidade no produto que ele está vendendo”, alerta.

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Foletto ainda sinaliza que a rastreabilidade já é uma realidade no país e tende a crescer cada vez mais. Para ele, o papel da Secretaria de Agricultura é justamente o de viabilizar esse sistema da maneira mais democrática possível, contando com parcerias de entidades que possuam uma relação direta com o pequeno produtor rural, como sindicatos, associações, secretarias municipais de agricultura e prefeituras.

Para o representante da Abrarastro, o papel da entidade é realizar a padronização das anotações técnicas da produção do agricultor e cumprir as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), fornecendo etiquetas de rastreio e cadernos de anotação.

“O caderno de campo permite que o agricultor anote as suas informações de maneira mais correta, não usando tantos produtos químicos de forma indevida, realizando um controle e administrar melhor sua propriedade e o uso de seus produtos”, afirma Fernando Baccarin.

Para ele, a rastreabilidade também auxilia os compradores. “Hoje o consumidor busca mais informações, ele quer saber de onde vem o produto que ele está comprando. As pessoas confiam mais em um produto que tenha um código de rastreamento, onde ele pode ver todas as informações a respeito de um produto que um simples selo”, diz.

Baccarin destaca, no entanto, que é preciso que o pequeno produtor entenda a importância da rastreabilidade. “Hoje a grande dificuldade encontrada é que o produtor muitas vezes é mal informado, acha que precisa de muita coisa para aderir à rastreabilidade, ou teme que o custo seja muito alto”, completa.

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