Remédio contra Covid-19 é aprovado pela Anvisa
Publicado em 12/03/2021 às 14:30
Em pronunciamento na manhã desta sexta-feira (12), representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciaram que foi registrado o primeiro medicamento para ser usado no tratamento de pacientes com Covid-19. O remdesivir, aprovado pela Anvisa, é um antiviral desenvolvido pela companhia biofarmacêutica Gilead Sciences.
Desde 2020, o remdesivir vem sendo testado nos Estados Unidos de forma experimental para o tratamento da Covid-19, tendo sido autorizado pela Food and Drug Administration para pacientes hospitalizados em estado grave pela doença.
A FDA, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, liberou o uso do antiviral remdesivir para casos moderados e graves de Covid-19 no dia 22 de outubro do último ano. Até então, ele era autorizado só em caráter emergencial.
O anúncio do registro do medicamento no Brasil foi feito pelo gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, em pronunciamento nesta manhã. O uso experimental em pacientes com a Covid-19 já vinha sendo feito no Brasil desde o dia 26 de junho do último ano. Os detalhes sobre os resultados obtidos pelo medicamente ainda estão sendo divulgados.
REMDESIVIR – Desenvolvido para tratamento do ebola, o remdesivir se mostrou promissor contra o SARS-CoV-2, coronavírus causador da Covid-19, nas primeiras análises in vitro. Após essa primeira etapa, dois estudos mostraram uma recuperação mais rápida dos pacientes que usaram a droga.
Em um deles, porém, houve aumento de efeitos adversos, principalmente sintomas gastrointestinais, aumento de transaminases e bilirrubinas e piora do status cardiopulmonar. Apesar disso, os estudos não alcançaram relevância estatística, mostrando a necessidade de novos ensaios clínicos para entender o real benefício do medicamento.
VACINA – Também foi anunciado pelo representante da Anvisa o registro oficial da vacina de Oxford, já usada em caráter emergencial. A vacina do consórcio AstraZeneca/Oxford terá uma etapa de produção no Brasil, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A autorização permite que a vacina seja aplicada em pessoas acima de 18 anos.