Presidente da Caixa ameaçou empresas que assinassem manifesto da Fiesp
Publicado em 31/08/2021 às 12:50
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O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ameaçou romper contratos do governo com as empresas que pensaram em assinar o manifesto em favor da democracia capitaneado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O texto pedia a pacificação da República e respeito entre os poderes.
A jornalista Malu Gaspar informa que Guimarães disse que as entidades perderiam vínculos e oportunidades como mandatos para representação ofertas de títulos e ações de empresas públicas na Bolsa de Valores.
O presidente do banco, que estava em agenda no sábado (28) junto com o presidente Jair Bolsonaro, também mencionou que o Exército está ao lado do chefe do Executivo, e não permitirão que ninguém da família do presidente seja preso, em caso de eventual ordem vinda do STF.
Pouco depois do anúncio do texto, tanto a Caixa quanto o Banco do Brasil disseram que abandonariam a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) insatisfeitos. Paulo Guedes foi comunicado por Guimarães ainda no sábado.
A Caixa prepara privatizações e poderia excluir contratantes caso assinassem, junto com mais de 200 entidades, o manifesto. Além disso, Guimarães teria ameaçado até com contratos da Petrobras, dos quais não tem influência.
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Após mediação do presidente da Câmara, Arthur Lira, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, adiou a publicação do manifesto mesmo sem comunicar os signatários. O clima entre o empresariado foi de surpresa.