Policiais civis, militares, bombeiros e membros das Forças Armadas também serão vacinados contra gripe

Publicado em 23/04/2019 às 17:58

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A partir desta segunda-feira (22), policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas começaram ser imunizados dentro da Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza. Eles foram inseridos no grupo prioritário por orientação da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI).

De acordo com a CGPNI, esses profissionais, assim como os demais já contemplados na campanha, são expostos em atividades de risco, em locais de aglomerações, um dos principais fatores de propagação do vírus da influenza. No Espírito Santo, esse público soma um total de 16.982 profissionais.

Para garantir essa ampliação, o Ministério da Saúde está adquirindo mais um milhão de doses da vacina. O número de vacinas que serão disponibilizados para o Estado para garantir a vacinação ainda não foi informado, mas de acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, a quantidade será suficiente para garantir a vacinação de 100% desse público.

A imunização para os militares também será realizada nos postos de vacinação em todo Estado. Para isso, basta apresentar um documento que comprove a condição de policial civil ou militar na ativa e estar na faixa etária até 59 anos.

Proteção

As vacinas utilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas campanhas nacionais contra a influenza são trivalentes. Sua composição é estabelecida anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com base nas informações recebidas de laboratórios de referência. A recomendação sobre a composição da vacina ocorre no segundo semestre de cada ano, para atender às necessidades de proteção no inverno do Hemisfério Sul.

No Brasil, a composição da vacina foi divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na Resolução-RE Nº 2.714, de 4 de outubro de 2018 (publicada no DOU nº 193, de 5 de outubro de 2018). Vacinas influenza trivalentes a serem utilizadas no Brasil a partir de fevereiro de 2019 protegem contra três tipos de vírus: H1N1, H3N2 e um tipo de Influenza B. Ocorreram duas mudanças em relação à vacina trivalente indicada para a temporada de 2019, as cepas H3N2 e B.

Sintomas da gripe

Os sintomas da gripe são agudos, ou seja, surgem de repente. A pessoa começa a se sentir mal, logo vem a dor de garganta, muita dor no corpo, febre alta prolongada e tosse. Muitos sintomas da gripe são semelhantes ao do resfriado, que também causa tosse e coriza, apesar do paciente não ficar tão prostrado e às vezes nem apresentar febre. Em alguns casos, a infecção pelo vírus influenza pode evoluir para um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em que o paciente apresenta sintomas gripais associados a uma forte dificuldade de respirar.

Para não haver dúvida nem correr risco, é importante buscar atendimento médico mesmo se os sintomas forem mais brandos. O médico é quem poderá, de forma segura, fazer o diagnóstico e determinar o tratamento.

Há situações em que pessoas relatam terem ficado gripadas depois de tomarem a vacina influenza, mas a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações explica que a vacina é composta de vírus inativado (morto e fragmentado), portanto, não provoca a doença. Pode acontecer, no entanto, de a pessoa ter tido contato com o vírus influenza poucos dias antes de ser vacinada ou antes de o corpo ter produzido a imunidade, por isso, a doença se desenvolve no organismo mesmo com a aplicação da vacina.

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Público-alvo

– Pessoas com 60 anos ou mais de idade;
– Crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 6 anos de idade (até 5 anos, 11 meses e 29 dias);
– Gestantes;
– Puérperas (até 45 dias após o parto);
– Trabalhadores da saúde;
– Professores das escolas públicas e privadas;
– Povos indígenas;
– Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
– Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
– População privada de liberdade;
– Funcionários do sistema prisional;
– Policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas.

Casos

Em 2017, foram registrados no Estado 66 casos de SRAG, mas nenhum caso por influenza A (H1N1), sendo 54 casos por influenza A (H3N2), um caso por influenza A (não subtipado) e 11 casos por influenza B. Destes casos, oito evoluíram para óbito.

Já em 2018, foram 160 casos confirmados de SRAG, sendo 106 por influenza A (H1N1), 46 por influenza A (H3N2), oito por influenza B. O número de óbitos neste ano foi 22.

Em 2019, foram 16 casos confirmados de SRAG, sendo 12 por influenza A (H3N2), quatro por influenza B, resultando em um óbito.

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