Pinus para extração de goma-resina começa a ser plantado no Espírito Santo

Publicado em 14/05/2017 às 12:57

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Em junho de 2016 o Governo do Estado do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), lançou o Programa de Expansão do Plantio de Pinus para produção de goma-resina no Espírito Santo, o PRÓ-RESINA.

A ideia era implantar, preferencialmente em consórcio com outras culturas, oito mil novos hectares de pinus da espécie elliottii variedade elliottii, identificada como ideal para a região e mais indicada para a produção de goma-resina nas regiões Sul e Serrana capixabas, onde foram reconhecidos a maior parte dos municípios considerados aptos ao plantio.

Para ingressar na atividade foram distribuídas sementes com alto rendimento na produção de resina e madeira, além de linhas de crédito especiais ao setor e dois viveiristas foram credenciados inicialmente. Passados quase um ano após o lançamento do programa, o produtor rural, Dorgal de Aguiar Godinho, morador de Victor Hugo, município de Marechal Floriano, acaba de plantar oito hectares de pinus da espécie identificada como ideal para a região.

O produtor aderiu ao Programa Pro-Resina por acreditar que será uma ótima oportunidade de geração e diversificação de renda na propriedade, pois com o cultivo da espécie, será possível a produção de goma-resina e ao final da extração, a madeira do pinus. Ele ressalta que o processo de resinagem não afeta a qualidade da madeira. “Além do pinus, pretendemos plantar a palmeira juçara em consórcio com a cultura, que irá produzir frutos e palmito”, destaca o produtor.

O pesquisador do Incaper e engenheiro florestal, Tiago Godinho, juntamente com Dário Moreira, do Grupo Resinas Brasil, acompanharam todo o processo de implantação da cultura. Tiago afirma que o plantio do pinus foi realizado de forma adequada à resinagem e ao consórcio.

“O espaçamento mais amplo (4 x 2,5m) favorece um rápido crescimento em diâmetro das árvores, antecipando o início da resinagem e também proporcionará condições para que, no futuro, seja implantada a juçara entre o plantio. A juçara exige uma boa quantidade de matéria orgânica no solo e sombreamento no início de seu desenvolvimento, e o pinus irá proporcionar essas condições”, afirmou Tiago Godinho.

Tiago destaca a importância dos interessados no plantio do pinus em adquirir mudas de boa qualidade e especialmente em viveiros credenciados pela Seag. “É importante que os produtores adquiram as mudas nos viveiros parceiros do programa, pois elas são oriundas de um programa de melhoramento que objetivou aumento na produtividade e qualidade de goma-resina e madeira. São dois viveiros credenciados no estado, um está localizado em Santa Maria de Jetibá e outro em Venda Nova do Imigrante”, conta.

Os produtores rurais interessados em aderirem ao programa podem procurar os escritórios locais do Instituto Capixaba de Assistência Técnica e Extensão Rural (incaper) nos seus municípios ou o escritório do Grupo Resinas Brasil, que fica em Conceição do Castelo.

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