Pétalas de rosas são lançadas de helicóptero durante sepultamento de Rosita Schorling
Publicado em 14/12/2017 às 11:43
O último desejo de Rosa Helena Schorling Albuquerque, a Rosita, foi realizado: pétalas de várias dúzias de rosas foram lançadas de um helicóptero durante o sepultamento dela, que foi a primeira mulher paraquedista e a oitava aviadora do Brasil. Rosita morreu na última segunda-feira (11), aos 98 anos.
O sepultamento dela foi realizado na manhã de ontem (13), no cemitério da Igreja Luterana de Campinho, na Sede de Domingos Martins. Dezenas de amigos e conhecidos acompanharam os ritos de sepultamento. O velório ocorreu no Espaço Cidade do Verde, ao lado da Praça Dr. Arthur Gerhardt, em Campinho.
Uma família amiga de Rosita pagou o helicóptero que foi usado para lançar as pétalas de rosas. “Esse era um desejo dela. Rosita sempre nos pediu para que no momento de seu sepultamento fossem jogadas pétalas de rosas de um helicóptero. Além do nome dela ser o mesmo das flores que ela gostava, o helicóptero representa a sua paixão, que é a aviação”, contou um dos membros da família.
Em toda a sua vida, foram 137 saltos de paraquedas feitos por Rosita pelo Brasil. Sempre ousada, Rosa Helena teve sua habilitação aos 12 anos, quando aprendeu a dirigir em Domingos Martins, em um veículo com a direção no lado direito.
No Rio de Janeiro, ela também ficou conhecida como a Sereia de Copacabana, por ter lançado a moda de usar biquíni. Em Domingos Martins, onde morava sozinha em uma casa no centro, Dona Rosita se orgulhava ao ver o relógio da torre da igreja luterana da Praça Dr. Arthur Gerhardt, que foi construído pelo seu pai.
“Graças a Deus não tem nada que eu quisesse fazer que deixei de fazer. Meu último desejo é que durante meu sepultamento sejam lançadas pétalas de rosas de um helicóptero”, revelou Rosita, em uma entrevista no ano de 2012 ao portal Montanhas Capixabas.
HOMENAGEM DE HELICÓPTERO – Essa foi a terceira vez que rosas foram lançadas de um helicóptero em forma de homenagem na região. Anderson Pereira, morador de Marechal Floriano e que é bolsista do Aeroclube de Vila Velha, onde está aprendendo a pilotar aeronaves, participou das duas ocasiões anteriores, uma em Marechal Floriano, quando um marido fez uma homenagem à esposa, e a mais recente foi durante os festejos do dia de Nossa Senhora de Aparecida, na localidade de Aparecida, em Alfredo Chaves. “Esse tipo de homenagem tem crescido ultimamente”, acrescenta.