Operação descobre sonegação fiscal de R$ 100 milhões no setor cafeeiro capixaba

Publicado em 13/06/2017 às 20:47

Compartilhe

Na manhã desta terça-feira (13), a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) junto Procuradoria-Geral do Estado, deflagrou uma operação de combate à sonegação fiscal no setor do café que objetiva bloquear a emissão de notas fiscais de 23 empresas que, desde 2015, causaram prejuízos aos cofres públicos na ordem de R$ 100 milhões.

Batizada de “Café Frio”, a ação objetiva bloquear a emissão de notas fiscais dessas empresas que vinham fraudando a Receita Estadual, de duas formas de sonegação, no que diz respeito aos créditos de ICMS referentes à comercialização de café no Estado.

Segundo o secretário de Estado da Fazenda, Bruno Funchal, a Receita Estadual vinha monitorando a prática e, nos últimos meses, houve a intensificação da ação. “Houve o aumento sistemático dos pedidos de compensação de crédito de ICMS usando precatórios, chegando a 1.300 pedidos”, explicou o secretário.

No primeiro formato, a sonegação fiscal apurada pela Sefaz identificou nove empresas que vinham solicitando, administrativamente, a compensação de ICMS por meio de precatórios. A utilização deste precatório para este fim não é previsto em lei, o que caracteriza abuso de direito. O objetivo das empresas ao agirem dessa forma era o de não pagamento do ICMS. Informações apuradas pela Receita Estadual indicam um prejuízo aos cofres públicos de aproximadamente R$ 60 milhões.

Já na segunda modalidade, identificada na operação Café Frio, foi verificada a emissão de notas fiscais de operações simuladas por empresas “laranja” de outros estados, especialmente de estados não signatários do Protocolo ICMS, que compram café de produtores locais sem nota fiscal e revendem o produto para empresas de outros estados sem o recolhimento de ICMS.

Nestes casos, a Receita Estadual identificou que pelo menos 14 empresas vinham realizando a prática ilegal desde 2015, totalizando cerca de R$ 40 milhões de prejuízo pelo não recolhimento do imposto.

Com essas comprovações, a Sefaz acionou a Procuradoria-Geral do Estado, que ajuizou uma ação contra essas empresas. A partir disso, as empresas estão impedidas de emitir notas fiscais e têm o prazo de 10 dias para regularizarem suas situações fiscais e quitarem seus débitos junto à Receita Estadual, sob pena de terem suas inscrições canceladas e seus débitos inscritos em dívida ativa.

Mercado produtor

Em ambos os casos, o secretário da Fazenda explicou que além dos débitos de ICMS não efetuados, as empresas também vão pagar multas que chegam a 100% do valor do imposto sonegado.

Funchal destacou que a ação conjunta da Fazenda e da PGE reestabelece o funcionamento do mercado cafeeiro e evita distorções. “Empresas que adquiriram o café regularmente dentro do Estado estavam registrando um custo maior, já que estavam arcando legalmente com o recolhimento do ICMS em contraposição às empresas que se utilizaram de métodos indevidos para apropriação de créditos”.

O secretário afirmou que, a partir da ação da Receita, a Secretaria de Estado da Fazenda iniciou conversas com os estados não signatários do Protocolo para que eles também façam a adesão, inibindo assim práticas fraudulentas como as registradas.

Veja também

chatgpt

Polícia de Londres realiza explosão controlada de pacote suspeito na Embaixada dos EUA

Hacker cracking the binary code data security

Os 5 principais navegadores antidetecção para 2025

capa

Como gravar áudio do YouTube?

capa

Disco rígido externo não aparece no Windows 10 (dicas de 2024)

capa

Pé de jambo em Santa Isabel é declarado Patrimônio Histórico Ambiental de Domingos Martins

11042023-pzzb9243

Julgamento de Bolsonaro e demais indiciados pode ocorrer em 2025

ponte

Terceira Ponte será parcialmente interditada neste sábado (23) para Corrida das luzes

Close-up of mosquito sucking blood from human arm.

Dia Nacional de Combate à Dengue: uma luta de todos