Museu do Colono, em Santa Leopoldina, completa 50 anos de história
Publicado em 19/04/2019 às 11:47
Um dos ícones do turismo cultural do Espírito Santo, o Museu do Colono, localizado no município de Santa Leopoldina, completou nesta quarta-feira (17), 50 anos. Funcionando em uma residência com mais de 180 anos, que pertenceu a um dos fundadores da cidade e já hospedou o imperador D. Pedro II e a princesa Leopoldina, o Museu do Colono faz parte do sítio histórico da cidade. Um conjunto arquitetônico com construções do final do século XIX e do início do século XX, em estilo colonial luso-brasileiro, com detalhes da arquitetura anglo-saxônica. Ao todo, são 38 imóveis tombados pelo Patrimônio Histórico Estadual.
Para a coordenadora do Museu, Zoraide Simon, o evento é um passo inicial para deixar de ser um espaço de depósito de memórias e se tornar o lugar do encontro e do diálogo aberto com as comunidades descendentes de imigrantes. “A partir dessa aproximação, será possível modificar as relações entre a comunidade e o museu”, afirma.
A história
A residência foi construída em 1877 para abrigar a família austríaca Holzmeister, uma das primeiras a povoar Santa Leopoldina. Em 1969 o prédio foi adquirido pelo governo do Estado e tombado como patrimônio estadual, passando logo depois por duas grandes restaurações: a primeira no ano de 1994 e outra em 2006.
A primeira restauração resultou na abertura da Galeria Alice Holzmeister, no andar térreo, um espaço para abrigar exposições e outras atividades abertas à participação da comunidade. Na segunda restauração houve o processo de dedetização e troca de madeiras irrecuperáveis, além de reforço na estrutura de sustentação do assoalho do segundo piso.
O Acervo
Hoje o Museu abriga móveis com características europeias e artigos de decoração do século XIX, reproduzindo o ambiente residencial da família Holzmeister, com mobiliário, utensílios, objetos decorativos, obras de arte, livros, fotografias e documentos, reunidos em um acervo de mais de 600 peças. Durante o processo de restauração, os técnicos encontraram pinturas geométricas, arabescas e florais, que datam do final do século XIX, época que a Família Holzmeister ainda morava no local.
Ações Educativas
Além das visitas guiadas, que acontecem de quarta-feira a domingo, das 9h às 17h, o Museu realiza exposições temporárias na Galeria Alice Holzmeister e também ações educativas no espaço térreo, como aulas de musicalização, com o ‘Núcleo de Violões’, sob instrução da Faculdade de Música do Espírito Santo e o projeto Roda de Leitura, que incentiva crianças e adolescentes a viajar pelo universo da literatura.
Projeto imigrantes
Outra importante ação é o ‘Projeto Imigrantes’, em parceria com o Arquivo Público do Espírito Santo, em que o visitante pode conhecer um pouco mais sobre a origem de sua família. A ação funciona de quarta-feira a sexta-feira, das 9h às 17h, emitindo o “Registro da Entrada do Imigrante”, um documento que traz os dados catalogados – como o navio, porto de embarque, idade e profissão – dos imigrantes que colonizaram o Estado.