Mortalidade de abelhas deve ser comunicada ao Idaf

Publicado em 23/10/2024 às 09:33

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Foto: ChatGPT

A notificação de morte ou suspeita de doenças e pragas em abelhas deve ser feita ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf). O Idaf, em parceria com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), através do Centro de Apoio Operacional da Defesa do Meio Ambiente (CAOA), e o Fórum Espírito-Santense de Combate a Impactos de Agrotóxicos e Transgênicos (FESCIAT), destaca a importância de relatar esses eventos.

Qualquer pessoa pode realizar a notificação, que será investigada pelo Idaf para determinar se a causa da mortalidade está relacionada a pragas, doenças ou exposição a agrotóxicos. A rapidez na comunicação é essencial, pois atrasos podem dificultar a detecção de resíduos, que se degradam rapidamente. O Idaf recomenda que a notificação seja feita até 48 horas após a constatação da mortalidade.

A notificação pode ser realizada presencialmente nas unidades do Idaf em todo o estado, pelo sistema E-Sisbravet, ou pelos contatos (e-mail e telefone) disponíveis no site oficial do Idaf: www.idaf.es.gov.br, no menu “Agenda de Contatos”.

O diretor-geral do Idaf, Leonardo Monteiro, reforça a importância de proteger as abelhas, insetos fundamentais para a biodiversidade. “As abelhas polinizam as flores enquanto coletam pólen e néctar, promovendo a reprodução cruzada das plantas, o que resulta em frutos de melhor qualidade e mais sementes. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 70% das culturas agrícolas dependem da polinização feita pelas abelhas. No Brasil, 85 das 140 culturas que precisam de polinizadores dependem diretamente das abelhas”, explicou.

A promotora de Justiça Bruna Legora, do CAOA, destacou a necessidade de os apicultores e a população em geral notificarem o Idaf, permitindo que as evidências de contaminação sejam analisadas e investigadas para responsabilizar os envolvidos. “Se a morte das abelhas estiver ligada ao uso inadequado de agrotóxicos, seja manualmente ou por pulverização aérea, isso pode resultar em responsabilidade civil, penal e administrativa dos produtores”, afirmou.

A promotora de Justiça Isabela de Deus Cordeiro, coordenadora do FESCIAT, também ressaltou a importância da iniciativa. “Esse é um exercício de cidadania, incentivando a população a colaborar na identificação e solução de casos como esse, prevenindo que voltem a acontecer”, concluiu.

Fonte: IDAF

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