Lidiney Gobbi promete uma nova era para Marechal Floriano a partir do ano que vem

Publicado em 08/11/2024 às 13:49

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Texto e fotos: Gleberson Nascimento

Ele se considera predestinado por Deus a realizar grandes obras. Eleito pela segunda vez como prefeito de Marechal Floriano, com 4.483 votos (36,6% dos votos válidos), o servidor público Lidiney Gobbi, de 62 anos, promete transformar a cidade de 17.641 habitantes, localizada na região serrana do Estado, a partir do próximo dia 1º de janeiro, quando reassumirá a cadeira de prefeito (ele já administrou o município de 2013 a 2016).

Lidiney, que inaugura a série de entrevistas do Montanhas Capixabas com prefeitos eleitos, recebeu a reportagem no restaurante Café das Montanhas, no Posto do Café, na BR-262. Ele prometeu transporte gratuito para alunos, pavimentar 100 km de estradas até o fim do mandato, realizar mutirões para reduzir as filas de exames e consultas, passar todas as creches para o regime de tempo integral e cobrir 100% do município com câmeras de videomonitoramento.

O progressista derrotou o candidato apoiado pelo atual prefeito Cacau Lorenzoni (PSB), o emedebista Felipe Del Puppo, que ficou em 2º lugar, com 3.429 votos (30,7%). Lidiney contou um fato curioso: ele dormiu poucas horas antes de receber o resultado de sua vitória nas urnas, mesmo com o foguetório promovido pelo adversário em frente à sua casa antes da apuração.

“Por volta das 17h15, de repente, o barulho cessou. Na escola com o maior número de votos, a Mauro Christo, ganhei em todas as urnas. O barulho acabou porque eles tiveram a certeza de que eu havia vencido a eleição. Aí, foi só festa! O povo celebrou. Foi uma sensação muito boa. Desde então, só tenho agradecido as pessoas”, relatou, emocionado, com lágrimas nos olhos.

Assim como fez na entrevista publicada no dia 27 de setembro, ainda como candidato, Lidiney voltou a convidar a população de Marechal para a cerimônia de posse, no dia 1º de janeiro, e prometeu uma surpresa no visual. “Por fim, quero agradecer a Deus por Ele ter me dado uma nova oportunidade, por ter iluminado os eleitores que votaram e, também, aqueles que não votaram, mas torceram. Estou de portas abertas para todos. Finalizo com um: ‘Vai vendo, Marechal!’”, concluiu.

Nos próximos dias, o Montanhas Capixabas publicará entrevistas com prefeitos eleitos de outros municípios da região. O prefeito eleito de Domingos Martins, Edu do Restaurante (PL), ainda não confirmou quando irá conceder entrevista ao portal.

Montanhas Capixabas – Primeiro, parabéns pela vitória nas urnas! Como estão os trabalhos da equipe de transição?

 Lidney Gobbi (PP), prefeito eleito de Marechal Floriano – Primeiramente, quero agradecer ao Montanhas Capixabas pela nova oportunidade. No dia 11 de outubro, cinco dias após a eleição, numa sexta-feira, encaminhei o ofício com a relação dos nomes para o gestor atual. Pegamos, preferencialmente, funcionários efetivos de cada pasta para facilitar a coleta de documentos. Com os feriados, creio que em breve estarei recebendo essa documentação. Estou aguardando.

A sua equipe é formada por quantas pessoas?

São 12 funcionários da prefeitura para a parte documental e mais cinco membros da comunidade de Soído de Baixo, onde há uma escola que está paralisada. Incluímos pais de alunos e representantes da associação local para trocar informações e trabalhar na reativação da escola, que está parada há quase oito anos. Assim, temos 18 pessoas na equipe, incluindo o coordenador. Essas pessoas podem integrar a futura administração.

Quem é o coordenador da equipe de transição?

Nosso coordenador é o Aloísio Lira, advogado e administrador, que esteve desde o início na organização da campanha. Ele agora está coordenando a equipe de transição. Estou na expectativa de pegar essa documentação o quanto antes, pois muitas coisas mudaram, e temos de estar preparados para o que vamos encontrar.

Já há algum nome definido para o secretariado?

Ainda não definimos os nomes. Vamos ouvir a sociedade e as áreas de educação e saúde para formar uma equipe técnica e participativa.

Como está sua relação com a atual gestão?

Tenho uma boa relação com o atual prefeito João Carlos (Lorenzoni, o Cacau), e trabalhamos juntos por 20 anos. Conversamos e até almoçamos juntos. Ele se prontificou a abrir as portas da prefeitura, e acredito que a transição será harmoniosa.

O senhor já iniciou articulações para garantir apoio na Câmara? Quantos vereadores eleitos são do seu grupo?

Nossa equipe elegeu quatro dos 11 vereadores, e já estamos buscando diálogo com os demais para garantir apoio. Todos eles participaram de uma reunião recente comigo, e espero que todos trabalhem juntos pelo bem da cidade.

Considera importante que o presidente da Câmara tenha experiência, ou isso não é essencial? Oito dos 11 eleitos são novatos.

Defendo que seja alguém com experiência, mas acredito que todos devem ter oportunidades. A Câmara tem uma equipe técnica que pode orientar novos vereadores. Então, qualquer um pode assumir a presidência, desde que trabalhe pelo interesse coletivo.

Quais são suas metas iniciais? O que o senhor quer entregar à população nos primeiros 100 dias de governo?

Minha prioridade é a saúde. Precisamos resolver as filas para exames, garantir o pré-natal para as gestantes e reativar o Programa Estratégia de Saúde da Família. Quero também reabrir a Pestalozzi, que está praticamente fechada, para oferecer um acompanhamento contínuo e necessário à população que dela depende. E tem também a questão de estradas. Precisamos garantir segurança para os nossos estudantes na volta às aulas.

Está preocupado com o que vai encontrar no caixa da prefeitura?

Como não sei como ficará o caixa da prefeitura, estou me prevenindo com base na minha experiência para começar o trabalho já no dia 2 de janeiro. Até lá, teremos um pré-planejamento estratégico para iniciar todas as secretarias e estabelecer uma direção clara para os primeiros 100 dias.

Quais são as ações prioritárias em infraestrutura e estradas nos primeiros 100 dias?

Quero pavimentar 100 quilômetros de estrada no mandato, seja com pavimentação convencional ou com Revsol. Mas, nos primeiros 100 dias, vou garantir melhorias básicas com cascalho e drenagem, focando nas estradas onde passam os transportes escolar e de saúde. Isso beneficiará também o produtor rural, o turismo e a comunidade em geral. Pretendo destinar máquinas para cada distrito, facilitando o tráfego enquanto avançamos com licitações para obras definitivas.

E na área da saúde, há ações pontuais planejadas para os 100 primeiros dias?

Sim. Um dos primeiros passos é restabelecer as farmácias de medicamentos nas unidades de saúde, uma prática que já adotamos entre 2013 e 2016, no meu primeiro mandato.

Além disso, organizaremos mutirões para reduzir as filas de exames e consultas, com a realização de ultrassonografias e atendimento com cardiologistas. Estamos estruturando tudo para que, a partir de janeiro, possamos atender de forma mais ágil e eficiente, principalmente nos pré-natais e nas consultas de acompanhamento.

Como pretende adequar o atendimento em saúde para a população local?

Nosso foco será atender os cerca de 17 mil habitantes apontados pelo IBGE, baseando o atendimento nos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de Marechal Floriano. Vamos trabalhar com esse limite para garantir que o atendimento seja compatível com nossa receita.

Quais são os planos para a educação e a valorização dos profissionais?

Já estamos articulando a adesão a um programa de escolas em tempo integral. Hoje temos uma escola estadual que oferece ensino integral com um curso técnico em agropecuária, modelo que quero expandir.

Além disso, todas as creches do município serão transformadas para tempo integral, começando logo no início do mandato. Também queremos construir novas creches e unidades de CMEI, e promover capacitação para toda a equipe escolar, desde professores até os servidores de apoio, para garantir um ambiente de qualidade e preparado para nossos filhos.

E o transporte público?

Também vou criar transporte urbano específico para educação, pois Marechal ainda não tem esse tipo de serviço.

Como será esse transporte para educação?

Será gratuito. Hoje, temos estudantes que moram a mais de dois quilômetros da escola e precisam vir andando, enfrentando sol e chuva. Esse transporte gratuito para estudantes atenderá tanto o centro quanto localidades como a Rua Batatal, por exemplo.

Esse serviço será gratuito?

Sem custo para os estudantes. Atualmente, muitos vêm a pé ou precisam pagar. Também quero incluir transporte para comunidades mais distantes, como Soído, Rio Fundo e Bom Jesus, por meio de parcerias público-privadas (PPPs). Queremos fornecer acesso para que as pessoas possam fazer consultas médicas ou comprar remédios sem depender de familiares que trabalham.

Como o senhor pretende fortalecer a transparência e a participação popular nas decisões municipais?

Usaremos tecnologias modernas para aproximar o governo da população e divulgar as boas ações do município. Quero estar nas ruas, visitando comunidades, associações e igrejas, ouvindo o povo e proporcionando a oportunidade para todos expressarem suas ideias. Fui eleito pelo diálogo, e essa prática continuará. Política para mim é mão dupla: quero fazer a política pública, não a politicagem.

Quais são os planos para o desenvolvimento econômico e a criação de empregos para os jovens do município?

O desenvolvimento econômico e o emprego para os jovens são prioridades. Pretendo estimular o estágio e o programa Jovem Aprendiz, não só na prefeitura, mas também com o comércio local. Já tenho conversado com empresários e estou trazendo minha experiência no desenvolvimento de Viana para fomentar o crescimento econômico em Marechal Floriano. Apoiamos muito o turismo, que também é um motor de geração de empregos e desenvolvimento para o município.

O turismo terá papel importante na sua gestão?

Com certeza. Com boas pousadas e restaurantes, traremos novos visitantes. Quem viaja, traz dinheiro. Isso irá gerar emprego e renda para o nosso município. Temos ações voltadas especificamente para o turismo e, também, para a infraestrutura. Quem assumir a pasta vai seguir um planejamento.

Mas, o senhor poderia falar de ações concretas que o empreendedor poderá esperar da gestão?

Quero conversar com o funcionalismo público, mas a minha previsão é deixar todo mês meio milhão de reais no município. Como? Hoje, há um tíquete-alimentação. Quero que o valor referente a ele não entre no pagamento, mas num cartão independente. Assim, esse dinheiro será usado no comércio de Marechal Floriano (alimentação, vestuário, combustível ou lazer).

Também vamos realizar eventos. Quero conversar com os corretores do município para atrair investidores. Temos um potencial turístico e precisamos divulgá-lo. Estamos a 45 quilômetros da capital. Com eventos, vamos vender comida, bebida e hospedagem. Com planejamento, vai dar certo!

Ainda sobre o turismo, haverá incentivo ao setor hoteleiro?

Sim. Hoje, temos um hotel dentro do zoológico que não está funcionando por falta de apoio. Esse hotel, com mais de duzentas suítes, aumentaria a capacidade hoteleira de Marechal Floriano. O município tem muitas belezas naturais, e quem visita Pedra Azul, por exemplo, pode se hospedar aqui e estar em Vitória rapidamente.

Voltando para a questão da mobilidade urbana, como é que o senhor planeja melhorar o transporte público e a infraestrutura para pedestres e ciclistas no município?

Isso sempre foi meu sonho. Já estive em Brasília e em outras cidades, e já pedi uma reunião com o secretário estadual Marcus Vicente (Desenvolvimento Urbano) para trabalharmos na “Calçada Cidadã”, ganhando espaço para pedestres. Hoje, é fundamental que as calçadas tenham um planejamento adequado para garantir o espaço dos pedestres.

E o centro da cidade, onde há problemas críticos de infraestrutura?

Sim, especialmente com postes de energia e falta de espaço para o pedestre, que precisa andar no meio da rua. Planejo um estudo, envolvendo a sociedade, a associação comercial e os moradores, para redesenhar o trânsito, tornando-o mais organizado e criando mais estacionamento. Com o crescimento da população, isso é uma prioridade.

Quais medidas estão sendo planejadas para enfrentar as questões ambientais, como a gestão de resíduos, conservação de áreas verdes e os alagamentos?

Em 2013, fizemos um trabalho histórico de dragagem do Rio Braço Sul e do rio que passa pelo zoológico, além de outros locais. Essa limpeza reduziu em 90% os alagamentos, mas nunca mais foi feita desde então. Vamos retomar a dragagem com técnicas apropriadas para reduzir alagamentos.

E quanto à conservação ambiental?

Marechal Floriano é o município da Região Serrana com a maior cobertura de Mata Atlântica. Vamos investir em caixas secas, essenciais para segurar a água no subsolo e enriquecer o lençol freático. Essas ações evitam o assoreamento de nascentes e rios. Também vamos fiscalizar a construção de estradas, para que sejam feitas de maneira adequada, prevenindo a degradação ambiental.

Sua administração terá um olhar mais fiscalizador em relação aos lotes irregulares?

Com certeza, e para isso precisamos atualizar o nosso Plano Diretor Municipal (PDM). Nossa ideia é trabalhar com a regularização fundiária, tanto urbana quanto rural, trazendo legalidade e organização aos terrenos já existentes. Isso permitirá crescimento sustentável e aumentará o potencial turístico e econômico da cidade.

Há um planejamento no sentido de garantir moradias dignas e acessíveis para a população mais vulnerável?

Sim, inclusive na área rural, onde hoje temos o programa Minha Casa, Minha Vida. Já estive em Brasília e vou aderir ao programa também para a área rural.

Existe algum conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida em Marechal?

Sim, aqui em Marechal Floriano já temos dois, principalmente no Santa Rita. Na época do meu mandato, praticamente entreguei o decreto de regularização fundiária. Agora, falta apenas fazer a escritura social, que já era para ter sido feita, mas, retornando em janeiro, essas escrituras que já têm o decreto serão prioridade.

Há um déficit habitacional no município?

Sim. Muitas pessoas ainda precisam de casa própria. Próximo a Victor Hugo há um local chamado Sítio Dias, onde antes era o lixão de Marechal Floriano e Domingos Martins. Quando fui secretário de Agricultura e Meio Ambiente, entre 1997 e 2004, conseguimos recursos para a recuperação do aterro e acabamos com o lixão. Agora, existe uma estação de transbordo em Paraju.

O que o senhor pretende fazer em Sítio Dias?

Minha gestão pretende urbanizar a área de 60 mil metros quadrados, com ruas, saneamento básico, água, esgoto, energia, e regularização fundiária para cada um ter seu lote com escritura. Para quem não possui casa, construiremos moradias dignas, criando uma vila.

O senhor já tomou alguma iniciativa, após ser eleito, para articular recursos para o município junto aos governos estadual e federal?

A primeira coisa foi solicitar emendas e programas, pois cada ano surgem novas oportunidades. Recentemente, entre os dias 21 e 24, estive em Brasília visitando gabinetes dos deputados federais, senadores e representantes do governo. Levei ofícios assinados como prefeito eleito, pedindo recursos para custeio na saúde, obras de limpeza do rio, regularização fundiária, ações na área social e segurança, como câmeras de monitoramento.

O senhor está planejando instalar câmeras de monitoramento nas principais ruas?

Pretendemos cobrir o município todo. Com a tecnologia atual, isso é viável. As câmeras aumentarão a segurança dos moradores.

Quantas câmeras já foram planejadas?

Ainda não temos uma estimativa exata, mas queremos cobrir 100% do município, integrando o sistema de monitoramento com a Polícia Civil, Detran e Dnit, especialmente nas áreas de acesso como BRs e trevos.

O senhor mencionou a visita de um técnico do Dnit recentemente ao município. Qual foi o objetivo?

Para adequação e ampliação dos trevos, como os de Paraju e Santa Maria. O deputado federal Evair de Melo destinou emenda para essa adequação, visando melhorias de acesso e segurança. O trevo de Paraju já está quase concluído e, em breve, o de Victor Hugo também receberá essas melhorias.

E quanto ao trevo de Santa Maria?

O governo do Estado já está recapacitando e realizando melhorias para facilitar o fluxo turístico e de produção. A nova rota facilita a ligação com Ubu, em Anchieta, e outras localidades.

O senhor parece ter uma boa relação com o deputado Evair de Melo. Existem outros deputados da bancada federal com quem o senhor conta para ajudar o município?

Sim, além de Evair, com quem temos uma relação próxima, contamos com outros deputados federais que têm votos em Marechal e podem contribuir para o desenvolvimento local.

Na bancada estadual, quais deputados apoiam o município?

Diversos deputados estaduais têm se comprometido em nos apoiar, como Gandini, Lucas Polese, Adilson Espindula, Raquel Lessa, Hudson Leal e Marcelo Santos, presidente da Assembleia. Todos os 30 deputados estaduais receberão ofícios solicitando recursos para Marechal Floriano.

Agora que o senhor foi eleito, a diplomação será em dezembro? Já escolheu o terno para a ocasião?

Com certeza. Curiosamente, precisei comprar um novo terno recentemente em Brasília por causa do desvio de minha bagagem e provavelmente o usarei na diplomação. Já a posse terá um toque especial: usarei uma camisa branca, diferente do habitual azul, uma surpresa para os eleitores.

O que levou a essa escolha pelo azul por tanto tempo?

O azul é uma marca pessoal, um símbolo de positivismo. Uso azul há 24 anos, mas decidi que, na posse, vestirei branco como um gesto especial.

Para o dia da posse, haverá alguma mudança no visual?

Sim, vou fazer algo diferente no cabelo e seguir algumas sugestões que recebi.

A vitória foi bastante comentada na cidade, especialmente pela confiança com que o senhor falava sobre ela antes mesmo das eleições. A que atribui essa certeza?

Minha fé. Sempre confiei em Deus, e essa fé foi uma constante no processo eleitoral. Fiz muitas orações, recebi apoio espiritual de padres e pastores. Essa vitória foi uma bênção, um reflexo das bênçãos de Deus em minha vida.

Qual foi a importância da família nesta conquista?

Sou casado com a Rose Gobbi e temos três filhos: Lincoln, que fez 28 anos, Gabriel, 20, e o Davi, 18. Sempre fomos muito unidos.

O senhor já é avô?

Ainda não.

Está na expectativa?

Aí, eu estou ansioso.

Mais do que ser prefeito?

(Risos) Com certeza! Ser prefeito, eu tinha certeza que seria. Deus me deu a revelação de que isso aconteceria. Além disso, muitas pessoas também me disseram. Um dos meus filhos casa em abril.

E como foi a emoção no dia da eleição?

No dia da eleição, fiz minhas orações cedo, votei e esperei dois colegas e o motorista para me acompanharem ao Centro. Votei ao meio-dia e, então, liguei para um dos meus coordenadores de campanha. Pedi que levasse uma caminhonete com um som maior para eu receber o povo na Praça José Henrique Pereira, no Centro, às 18h.

Quando cheguei em casa, por volta das 16h, meu filho me ligou chorando. Ele contou que, por volta das 14h, começaram a soltar foguetes em frente à nossa casa e estavam formando uma carreata.

Ele me disse: “Papai, não venha agora, pois estão aqui, acelerando os carros”. O slogan deles era: “Acelera, Marechal”. Eu disse a ele para não se preocupar, pois já estava chegando. Estacionei o carro um pouco distante, cumprimentei algumas pessoas e entrei em casa. Minha esposa e meus filhos estavam nervosos. Tomei um banho, um café e pedi para me acordarem às 17h. Fui dormir.

 O senhor foi dormir antes do resultado da eleição? Como conseguiu?

(Olhos marejados e voz trêmula) Humanamente, não sei. Por volta das 17h15, de repente, o barulho acabou. Na escola com o maior número de votos, a Mauro Christo, ganhei em todas as urnas. O barulho cessou porque eles tiveram a certeza de que eu havia vencido a eleição. Aí, foi só festa! O povo celebrou. Foi uma sensação muito boa. Desde então, só tenho agradecido às pessoas.

Então, o senhor pode mandar uma mensagem para a população de Marechal Floriano. O que ela pode esperar a partir do dia 1º de janeiro?

Ontem foi dia 31 de outubro (a entrevista foi realizada na última sexta-feira, dia 1º de novembro), e o município comemorou 33 anos de emancipação. Curiosamente, é a idade em que Cristo teria morrido.

Deixo aqui uma mensagem especial (lê um texto no celular): Marechal Floriano está celebrando, este ano, 33 anos de emancipação política. Neste momento, relembramos as pessoas que já partiram e que tanto sonharam com a independência do nosso município.

A partir do dia 1º de janeiro, assumo o compromisso de continuar essa história com dedicação e respeito a Marechal Floriano, a cidade que amo. Tenho um carinho imenso por cada florianense. Nosso município tem um grande potencial para crescer e, com muito empenho, farei dele destaque no Estado e no Brasil. Marechal Floriano para todos! Cidade e campo se abraçarão para um futuro ainda melhor! Por fim, quero agradecer a Deus por Ele ter me dado uma nova oportunidade, por ter iluminado os eleitores que votaram e, também, aqueles que não votaram, mas torceram. Estou de portas abertas para todos. Finalizo com um: “Vai vendo, Marechal!”

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