Kamala ou Trump: possíveis impactos na economia brasileira e nos mercados de dólar, bolsa e juros
Publicado em 04/11/2024 às 13:53
Foto: freepik
Nesta terça-feira (5), os norte-americanos vão às urnas para decidir quem será o próximo presidente dos Estados Unidos. A eleição na maior economia do mundo está sendo acompanhada atentamente por analistas e investidores ao redor do globo, incluindo o Brasil.
Com a desistência de Joe Biden em julho, sob pressão do partido e eleitores, a vice-presidente Kamala Harris assumiu a candidatura democrata. Sua entrada na corrida aumentou as expectativas sobre como seria sua condução econômica em uma eventual gestão, caso vença a disputa e ocupe o cargo pela primeira vez.
Do lado republicano, Donald Trump é uma figura familiar para o mercado, tendo governado os EUA de 2017 a 2021. Embora o ex-presidente já tenha mostrado seu estilo econômico, investidores ainda avaliam novas direções que ele possa adotar. Nos últimos dias, a leve vantagem de Trump nas pesquisas trouxe desconfiança ao mercado, principalmente por causa de seu perfil protecionista e de sua promessa de elevar tarifas e intensificar a guerra comercial com a China.
No único debate entre os candidatos, realizado em 10 de setembro, Kamala teve um tom assertivo, impondo-se em temas tradicionalmente favoráveis a Trump, como imigração e economia. Apesar disso, o cenário eleitoral segue indefinido: o agregador FiveThirtyEight, que reúne as médias das pesquisas, aponta Kamala com 48% das intenções de voto, ligeiramente à frente de Trump, com 46,7%.
Especialistas consultados pelo g1 destacam dois temas principais que devem afetar a economia brasileira quando o novo presidente dos EUA assumir em 2025:
- Protecionismo e política comercial
- Contas públicas dos EUA, com foco em gastos e incentivos
Embora ambos os candidatos busquem fortalecer a economia americana e compartilhem uma postura de rivalidade econômica com a China, Kamala e Trump têm abordagens distintas. Trump adota um estilo mais protecionista, enquanto Kamala foca em aspectos sociais, com possibilidade de maior transferência de renda para a população de baixa renda.
Essas diferenças de conduta podem ter reflexos significativos para o Brasil, de acordo com especialistas.
Fonte: G1