Guedes perde mais dois secretários e Ministério da Economia terá reestruturação

Publicado em 03/12/2021 às 19:51

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Paulo Guedes, ministro da Economia
Washington Costa/ASCOM ME

Paulo Guedes, ministro da Economia

O ministro da Economia, Paulo Guedes, irá anunciar na próxima semana uma reestruturação na sua pasta, incluindo a saída de dois secretários especiais. A mudança também inclui a criação de uma nova secretaria especial e a entrada de um político na articulação junto ao Congresso Nacional.

O secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos da Costa, deixará o cargo para assumir o posto de adido de comércio em Washington. Esse cargo ainda não existe e será criado.

O objetivo do cargo de Costa será mostrar as ações do governo Jair Bolsonaro nos Estados Unidos. O secretário é bastante criticado dentro e fora do governo, mas está no cargo desde o início da gestão, em 2019.

Com a saída de Carlos da Costa, Guedes manterá apenas dois secretários da sua equipe original: o secretário-executivo, Marcelo Guaranys; e a secretária especial de Assuntos Estratégicos, Daniela Marques.

Criticado pelos auditores fiscais, o secretário da Receita Federal, José Tostes, também sairá do país. Ele será adido do governo na OCDE, em Paris. Esse cargo também será criado, assim como os cargos de adido na China, na Índia e em Bruxelas. O Brasil ainda não faz parte da OCDE, mas esse é um desejo de Guedes.

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Nos dois casos, os substitutos já foram definidos, mas só serão anunciados na semana que vem. O presidente Jair Bolsonaro será comunicado antes do anúncio à imprensa.

Guedes ainda irá anunciar a criação da Secretaria Especial de Estudos Econômicos, chamada de SEEE. Esse órgão será um “think tank” da política econômica e será chefiado pelo atual secretário dessa área, Adolfo Sachsida. A secretaria irá abrigar, além da Secretaria de Política Econômica, o IPEA, o IBGE e outras áreas de estudos econômicos da pasta.

A criação dessa secretaria está nos planos de Guedes desde 2020, antes da pandemia de Covid-19. O plano inicial era colocar o economista Aloísio Araújo para chefiar a secretaria, mas, com a pandemia, ele preferiu permanecer no Rio.

O ministro ainda irá trocar a articulação política da Economia no Congresso. A intenção é colocar um político para se relacionar com a Câmara e o Senado. Antes, essa função era coordenada por Esteves Colnago, que deixou o posto para virar secretário Especial de Tesouro e Orçamento.

Essas serão mais mudanças que somam a uma série de saídas na equipe de Guedes. As últimas foram dos secretários de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt. Ambos deixaram seus cargos por discordarem de mudanças no teto de gastos.

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