Governo eleva previsão do INPC e salário mínimo pode subir para R$ 1.210 em 2022
Publicado em 17/11/2021 às 15:20
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia informou nesta quarta-feira (17) que elevou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2021 de 8,4% para 10,04%. Esse indicador é usado para calcular o reajuste do salário mínimo de acordo com a inflação. Assim, se a projeção se confirmar, o valor do mínimo deve chegar a R$ 1.210 no ano que vem.
Essa quantia está R$ 41,44 acima da última proposta oficial do governo. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), divulgado em agosto, propunha o piso salarial em R$ 1.169 para 2022.
Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.100. Esse valor, entretanto, não repôs a inflação do ano passado. A correção aplicada pelo governo foi de 5,26%, mas o IPNC ficou acima disso, em 5,45%. Para que não houvesse perda do poder de compra, o piso teria que ser reajustado para R$ 1.102.
Em agosto, o então secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, afirmou que os R$ 2 restantes devem ser recompensados pelo governo no fim deste ano – quando for enviada a medida provisória que corrigirá o salário mínimo em 2022.
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Impacto para as contas públicas
Cálculos anteriores do governo apontavam que, a cada R$ 1 a mais no salário mínimo, cria-se uma despesa de R$ 355 milhões. Assim, o aumento de R$ 41,44, em relação ao que foi proposto na LOA, custaria cerca de R$ 14,71 bilhões a mais aos cofres públicos.
Inflação
O governo também elevou a projeção para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 2021. A estimativa é de que o indicador feche o ano em 9,7%. Anteriomente, a previsão era de 7,9%.
Essa porcentagem supera a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,75%, com intervalo de tolerância entre 2,25% e 5,25%.
Para 2022, a projeção do IPCA passou de 3,75% para 4,7% – também maior que a meta do CNM, que era de 3,5%, podendo variar entre 2% e 5%.