Golpes virtuais seguem em alta e WhatsApp lidera ranking de fraudes contra clientes de bancos
Publicado em 14/04/2025 às 16:06

Foto: Freepik
Os golpes aplicados por meio do WhatsApp, falsas vendas e falsas centrais de atendimento foram os mais recorrentes contra clientes de bancos em 2024, de acordo com levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
“Em um mundo cada vez mais digital e interconectado, a criatividade dos criminosos parece não ter limites. A cada dia, surgem novas tentativas de fraude com o objetivo de enganar e lesar a população”, alerta a entidade.
A seguir, os principais golpes relatados no ano passado e o número de queixas registradas:
- Golpe do WhatsApp – 153 mil reclamações
- Falsas vendas – 150 mil reclamações
- Falsa central bancária – 105 mil reclamações
- Phishing (pescaria digital) – 33 mil reclamações
- Falso investimento – 31 mil reclamações
- Troca de cartão – 19 mil reclamações
- Boleto falso – 13 mil reclamações
- Devolução de empréstimo – 8 mil reclamações
- Mão fantasma – 5 mil reclamações
- Falso motoboy – 5 mil reclamações
Como funcionam os principais golpes
Golpe do WhatsApp
Nesse tipo de fraude, criminosos tentam clonar o número da vítima para assumir sua conta no aplicativo. Para isso, enviam mensagens se passando por empresas ou serviços, solicitando o código de verificação enviado por SMS.
A Febraban recomenda ativar a verificação em duas etapas no WhatsApp, o que adiciona uma camada extra de proteção com senha.
Falsas vendas
Os golpistas criam sites que imitam lojas virtuais e divulgam promoções falsas por e-mail, SMS ou redes sociais. Ao fazer o pagamento, o consumidor não recebe o produto.
A dica é desconfiar de preços muito abaixo do mercado, evitar clicar em links recebidos por mensagens e sempre dar preferência a sites confiáveis e conhecidos.
Falsa central bancária
Criminosos se passam por funcionários de bancos ou empresas parceiras e entram em contato com a vítima alegando compras suspeitas ou problemas na conta.
Durante a conversa, pedem informações sigilosas, como senhas e dados bancários, e orientam o cliente a realizar transferências.
A Febraban reforça: bancos jamais solicitam senhas ou pedem para o cliente fazer transferências. Em caso de suspeita, desligue e entre em contato pelos canais oficiais da instituição.
Phishing (pescaria digital)
Esse golpe envolve o envio de mensagens com links maliciosos que, ao serem acessados, instalam vírus no dispositivo da vítima e capturam seus dados pessoais.
A recomendação é nunca clicar em links desconhecidos e manter os antivírus atualizados.
Falso investimento
Criminosos criam sites e perfis falsos prometendo altos rendimentos em pouco tempo. As vítimas são atraídas por anúncios de ganhos rápidos e investem valores que nunca retornam.
A Febraban orienta a desconfiar de promessas de lucros muito acima dos praticados no mercado.
Troca de cartão
A fraude ocorre no momento da compra, quando o golpista – geralmente se passando por vendedor – troca o cartão da vítima após observar a senha digitada.
Com o cartão verdadeiro em mãos, ele faz compras indevidas em nome do cliente.
Fonte: Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil