Falta de estacionamento em Domingos Martins: tem solução?

Publicado em 30/09/2022 às 16:41

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Texto: Julio Huber

Campinho, como é conhecida a sede de Domingos Martins, possui comércio diversificado e que movimenta a cidade, e também conta com diversos restaurantes, cafeterias, cervejarias e outros estabelecimentos voltados ao turismo. Seja durante a semana ou aos fins de semana, a cidade convive com um intenso movimento de moradores e visitantes, impactando diretamente na mobilidade. Atualmente, a falta de estacionamentos é um grande desafio para os dias atuais e para o futuro da cidade. 

Nos últimos anos, até surgiram novos locais para que os motoristas pudessem estacionar seus carros, como atrás do antigo Hotel Imperador, no espaço em frente à Praça Dr. Arthur Gerhardt, além de espaços pagos, como um ao lado da praça e outro próximo ao Kilão da Roça. Mas, esses locais ainda não são suficientes para suportar a quantidade de veículos que precisam ser estacionados diariamente na sede do município.

Mas, resolver esse gargalo da falta de vagas não parece ser uma tarefa fácil. Morador de Vitória, e com casa também em Domingos Martins, Ronaldo Reis, 65 anos, acredita que se houvessem mais estacionamentos, o comércio e o setor de turismo seriam ainda mais fortalecidos, com a maior circulação de pessoas.

Ronaldo Reis acredita que mais vagas de estacionamento irão contribuir com o comércio e com o turismo do município

“Eu passo por Campinho toda semana. Quando preciso parar em um supermercado para fazer compras, é difícil encontrar vagas. A minha sorte é que tenho o cartão de idoso, e algumas vezes consigo estacionar nas vagas destinadas a idosos. Muitas vezes não acho vagas nos estacionamentos gratuitos e nem em locais pagos”, lamentou.

Ele ainda destacou que a situação também é complicada em dias de eventos na cidade. “Muitas pessoas precisam parar os carros longe do centro, e isso é inclusive perigoso, pois quando o motorista vai embora, na madrugada, precisa caminhar até o carro, que muitas vezes está em locais sem iluminação, e isso é um risco até de um assalto. Sabemos que não há uma solução fácil, mas as autoridades precisam discutir para buscar soluções”, sugere.

Os taxistas também sofrem com a escassez de locais para estacionar veículos. Apesar de eles terem os pontos demarcados para aguardar seus clientes, em algumas situações, os taxistas se deparam com outros veículos parados em suas vagas, devido a falta de estacionamentos.

O taxista Walmir Nascimento contou que motoristas param em vagas de táxi quando não há vagas na cidade

“Quando acontece isso, temos que ficar parados inclusive no meio da rua aguardando o motorista aparecer para retirar o veículo. Mesmo que seja só para parar, é prejudicial para nós”, destaca o taxista Walmir Nascimento, 71.

O empresário Eudes Trarbach, que tem dois supermercados na sede, contou que quando abriu a sua maior unidade na cidade, no ano de 2017, encontrou dificuldades em ter vagas de estacionamento suficientes para os seus clientes. No supermercado mais antigo, que fica próximo à praça principal da cidade, é onde há o maior problema com estacionamentos.

“Quando abrirmos a nossa segunda loja, tínhamos vagas no prédio, mas tivemos que alugar um espaço exclusivo para nossos clientes, ao lado do supermercado, para facilitar o estacionamento de quem vem fazer compras. Depois que abrimos esse estacionamento exclusivo, nosso movimento cresceu”, afirmou o empresário.

Prefeitura afirma que já planeja alternativas para ampliar vagas

Diante da visível situação que tende a piorar, com o gradativo aumento de movimento no município, o vice-prefeito Fábio Anselmo Trarbach, o Fabinho, revelou que desde o último ano já foram iniciados projetos para ampliar o número de vagas em Campinho. Ele concorda que é necessário realizar intervenções para melhorar a mobilidade urbana.

“Temos relatos que durante a semana, moradores do interior vêm para a cidade resolver seus compromissos e fazer compras, rodam e não conseguem estacionar. Com isso, a cidade perde, porque as pessoas podem passar a ir a outros locais fazer suas compras. Aos finais de semana aumenta o fluxo de turistas e a falta de vagas também é um enorme problema”, admitiu o vice-prefeito. Ele contou que um projeto que já está bastante avançado é a mudança do campo de futebol do centro da cidade.

“Primeiramente fizemos uma conversa com a diretoria do Sport Club Campinho apresentando esta sugestão. O campo de futebol já é utilizado como estacionamento em períodos de evento como o Festival de Inverno e o Brilho de Natal, e a diretoria recebeu a ideia de forma positiva. A partir daí buscamos o terreno, adquirimos a área e contratamos a empresa para elaboração do projeto”, explicou.

Em seguida, segundo o vice-prefeito, foi apresentado o projeto para a diretoria do clube, que fez algumas considerações, que já foram incluídas no projeto. “O próximo passo agora é apresentar para o quadro de associados do clube, e para toda a comunidade martinense”, informou Fabinho.

O terreno para o novo Estádio Municipal Dr. Arthur Gerhardt, com 60 mil metros quadrados, foi adquirido pela Prefeitura no ano passado. O local é distante cerca de três quilômetros da sede, e além do campo de futebol terá outros equipamentos esportivos. “Com isso, iremos construir a sede administrativa onde hoje é o campo, e teremos dois pavimentos com vagas de estacionamento”, garantiu Fabinho. A área foi adquirida pelo valor de R$ 1,2 milhão.

“No local onde construiremos o campo, teremos mais de 500 vagas de veículos, arquibancadas amplas, vestiários, sala de imprensa e toda a estrutura de um estádio moderno. Também teremos outros equipamentos que serão usados para outras práticas esportivas e projetos mantidos pela Prefeitura para os nossos jovens. Sem falar que esse local também servirá para a realização de eventos diversos”, acredita o vice-prefeito.

OBRAS PARA O FUTURO – Sem revelar muitos detalhes, Fabinho Trarbach adiantou que a intenção da administração municipal é construir um centro administrativo onde hoje é o campo de futebol. O local passará a abrigar a nova sede da Prefeitura, setores administrativos, secretarias municipais, e outros órgãos públicos como a Câmara Municipal, o Fórum, a Promotoria, a Defensoria Pública e ainda dois pavimentos exclusivos de estacionamento para até 400 veículos.

O novo centro administrativo também vai trazer economia para a Prefeitura, uma vez que atualmente muitos dos setores funcionam em imóveis alugados, representando um custo alto para a municipalidade. Além disso, será possível unificar todo o atendimento público ao cidadão em um único lugar.

“Já nos reunimos com os demais órgãos do Poder Legislativo e da Justiça, e a nossa proposta foi muito bem recebida, inclusive, já nos apresentaram as necessidades de uma estrutura mais moderna e adequada para o atendimento da população”, detalha Fabinho.

“Temos que pensar no futuro, e realizar obras ousadas, que deixarão um legado para a nossa e para as futuras gerações. As obras da sede administrativa e dos demais poderes serão mais um atrativo da cidade, já que serão feitas em estilo europeu. E conseguiremos também ampliar as vagas de estacionamentos com a construção de dois pavimentos para os carros”, enfatizou. Para iniciar as obras no local do atual campo de futebol, primeiro é preciso finalizar o novo estádio.

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