Dia Internacional do combate ao Câncer Infantil
Publicado em 15/02/2018 às 10:19
Uma em cada 600 crianças pode desenvolver o câncer durante a infância, segundo especialistas. Essa incidência é considerada baixa e classifica a doença como rara em relação a outros cânceres, mas ainda causa assombro por ocorrer em uma fase da vida na qual não se espera que seja abalada em função de um problema crônico.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 12,5 mil novos registros de câncer na faixa etária de zero a 19 anos até o final de 2018, cerca de 100 a menos do que a previsão para o ano passado.
Ainda de acordo com o Inca, o tipo mais comum em crianças e adolescentes é a leucemia, que ocorre em 26% dos casos. Em seguida vêm os linfomas, com 14%, e os tumores do sistema nervoso central (SNC), que representam 13%.
Diagnóstico precoce
Para o rádio-oncologista Persio Freitas, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), é importante que os casos sejam diagnosticados ainda no início e recebam o tratamento adequado.
“Dois terços desses cânceres são considerados curáveis se descobertos precocemente e disponham da atenção clínica correta, de preferência em centros especializados. Isso propicia uma chance de até 80% de remissão completa da doença”, explicou o médico.
Persio Freitas afirma ainda que a neoplasia se desenvolve de forma mais rápida na infância do que na fase adulta, o que faz dela mais invasiva também. No entanto, afirma, as crianças respondem melhor ao tratamento. Daí a ênfase no diagnóstico precoce.
Sintomas
Alguns dos sintomas mais comuns da doença são dores de cabeça, enjoos, alteração de visão, dor, presença caroços ou inchaços e perda de peso. É possível notar ainda mudanças comportamentais, como isolamento, fadiga e sonolência.
Em grande parte, esses sinais costumam se confundir aos de problemas de saúde comuns da infância. “Por isso é difícil para os pais e responsáveis reconhecerem que aquela manifestação clínica pode ser de um câncer ainda em estágio inicial”, alerta Persio Freitas.
A orientação, segundo o rádio-oncologista, é ficar atento a qualquer queixa de aparecimento desses sintomas, levar a criança ou o adolescente ao pediatra para uma avaliação e, se necessário, a outros profissionais de saúde.