Dezembro Vermelho: Conscientização, Prevenção e Combate ao Preconceito Contra o HIV/Aids

Publicado em 29/11/2024 às 16:47

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Foto: Freepik

No próximo domingo (1º), será celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a Aids, marcando também o início do “Dezembro Vermelho”. Essa campanha tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a prevenção ao HIV/Aids e combater o preconceito e a discriminação. A data, instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é reconhecida no Brasil desde 1988.

A Aids, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é causada pelo vírus HIV, que pode ser transmitido por relações sexuais sem proteção, transfusões de sangue contaminado, compartilhamento de objetos perfurocortantes ou, no caso de gestantes infectadas, durante a gravidez, parto ou amamentação.

A Secretaria da Saúde (Sesa) reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, destacando que a ausência de sintomas não significa a inexistência do vírus. Por isso, é fundamental realizar testes regularmente.

No Espírito Santo, há 31 Serviços de Atenção Especializada (SAE) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que fornecem exames e tratamentos gratuitos. Além disso, pessoas acompanhadas na rede privada também têm acesso gratuito à medicação antirretroviral.

Avanços no tratamento e qualidade de vida
A coordenadora estadual de IST/Aids, Bettina Moulin, explica que, com o tratamento antirretroviral adequado, é possível controlar a carga viral, prevenindo a transmissão durante relações sexuais e reduzindo a probabilidade de transmissão vertical (gestante para o bebê). Bettina destaca que “viver com HIV é compatível com uma vida normal, desde que o tratamento seja seguido corretamente. Ter HIV não é o mesmo que ter Aids, que é o estágio mais avançado da doença”.

A Aids ocorre quando o sistema imunológico está gravemente comprometido, deixando a pessoa vulnerável a doenças oportunistas. Sem tratamento, essas doenças podem levar ao óbito, e não a Aids em si.

Desafios na prevenção e combate ao estigma
Além do tratamento, a Sesa trabalha para combater o estigma e melhorar o acolhimento e a orientação às pessoas que vivem com HIV. Um dos maiores desafios, especialmente entre os jovens, é a falta de sintomas das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), o que pode levar à negligência no uso de preservativos ou outras formas de prevenção. A Sesa utiliza redes sociais para alcançar esse público e reforçar a importância de ações preventivas, como testagens regulares e acesso a insumos gratuitos, como preservativos e gel lubrificante.

Prevenção e assistência ampliadas
O Estado também oferece profilaxia pré (PrEP) e pós (PEP) exposição para prevenir a infecção pelo HIV. Essas medidas, juntamente com o uso de preservativos e o tratamento antirretroviral, são fundamentais para reduzir os índices de transmissão.

Números no Espírito Santo
De janeiro a novembro de 2024, foram notificados 916 novos casos de HIV/Aids no estado, sendo a maioria no sexo masculino (73,74%). Além disso, 2.984 pessoas utilizam PrEP atualmente, e 130 óbitos foram registrados até outubro deste ano.

Educação e atenção especializada
O Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi) também desenvolve ações voltadas para o cuidado e a educação em saúde sexual. Residentes em saúde da família e ginecologia têm atuado no atendimento de pessoas vivendo com HIV, reforçando estratégias de prevenção, diagnóstico e acompanhamento.

Formas de prevenção ao HIV/Aids

  1. Teste regular: diagnóstico precoce é essencial e pode ser feito gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com resultados em até 30 minutos.
  2. Tratamento: pessoas diagnosticadas devem iniciar o tratamento antirretroviral para controlar o vírus e evitar a transmissão.
  3. PEP: profilaxia pós-exposição, indicada em situações de risco, deve ser iniciada em até 72 horas após a exposição.
  4. PrEP: profilaxia pré-exposição para pessoas com maior risco de infecção, oferecida pelo SUS.
  5. Preservativos: distribuídos gratuitamente nos serviços de saúde, junto com gel lubrificante.

Com iniciativas voltadas à informação, prevenção e combate ao preconceito, o Dezembro Vermelho busca não apenas reduzir a transmissão do HIV, mas também garantir qualidade de vida às pessoas que convivem com o vírus.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Sesa

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