Vida Saudável
Consumo excessivo de alimentos gordurosos aumenta o risco de câncer de intestino
Publicado em 24/03/2022 às 14:17
Doença mata mais de 20 mil pessoas por ano no país e se manifesta a partir dos 50 anos, com incidência semelhante entre homens e mulheres
O câncer colorretal está entre os mais incidentes nos brasileiros, com cerca de 41 mil novos casos por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). E um dos fatores de risco que age como um gatilho para o desenvolvimento da doença é a alimentação gordurosa e pobre em nutrientes.
Este tipo de tumor maligno é multifatorial e se desenvolve no cólon (intestino grosso) ou reto. No geral, a doença se manifesta a partir dos 50 anos, com incidência semelhante entre homens e mulheres.
O médico radioterapeuta Guilherme Rebello, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), explica que sedentarismo e o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados são fatores de risco que precisam ser observados com atenção.
“A dieta rica em gordura e pobre em fibras pode alterar a concentração e o metabolismo de determinadas substâncias, podendo levar ao câncer. O recomendado é não consumir em excesso alimentos como bacon, salsicha, linguiça, salaminho, mortadela, carnes vermelhas, que possuem conservantes que são cancerígenos”, afirma o médico.
O especialista recomenda ainda a adoção de uma rotina que inclua atividade física, uma vez que o sedentarismo contribui para o aumento de gordura visceral, o que é prejudicial à saúde.
Outros fatores de risco são histórico familiar de câncer de intestino, doença inflamatória como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, tumor colorretal hereditário, polipose adenomatosa familiar (que causa numerosos pólipos no cólon) e síndrome de Lynch.
Os principais sintomas da doença são sangue nas fezes, alterações no âmbito intestinal com episódios de constipação e diarreia, dor abdominal, sensação de distensão abdominal, massa palpável no abdômen, perda de peso, fraqueza, anemia ou alteração no formato das fezes.
Exames preventivos
Reforçando a campanha Março Azul Marinho, criada para a conscientização sobre a prevenção do câncer colorretal, Guilherme Rebello alerta para a realização de exames preventivos anuais.
“O rastreamento pode ser feito através de dois exames: a pesquisa de sangue oculto nas fezes e da colonoscopia/retossigmoidoscopia. Esses exames devem ser iniciados a partir dos 50 anos – ou dos 40 anos, caso tenha fatores de risco, como história familiar desse câncer, doença inflamatória intestinal ou síndromes genéticas, como a de Lynch”, explica.
De acordo com o médico, quanto mais cedo a doença for descoberta, maiores as chances de cura.
O câncer colorretal mata mais de 20 mil pessoas por ano no Brasil, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer (2019).
Radioterapia
A radioterapia é um dos tratamentos utilizados no combate ao câncer colorretal, mas sua aplicação é recomendada de acordo com o estado e a localização do tumor.
“Em geral, a radioterapia é feita no cenário pré-operatório, com a intenção de causar maior diminuição possível do tumor, facilitando assim a sua remoção cirúrgica”, disse.
Normalmente, a radioterapia é indicada em casos de câncer de reto; já o tumor de cólon é tratado com cirurgia e quimioterapia.
Sobre o IRV
Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.
O IRV tem convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, Arcelor/Abeb, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, Sul América, Mediservice, Codesa, Cesan, Geap, entre outros.
Fonte: Instituto de Radioterapia Vitória (IRV)