Coluna Pomerana
Concertina, o que vem a ser?
Publicado em 27/11/2018 às 11:45
De tempos em tempos, tem-se observado as mais variadas perguntas sobre esse fantástico instrumento musical conhecido como concertina. Na verdade, não é mais fabricado e o valor de uma boa concertina dificilmente pode ser estabelecido. Mas há os que pagariam de dez a vinte mil reais para adquiri-la. Quem possui uma dessas raras preciosidades não costuma vendê-la. Como se diz: “Quem tem, não vende. Ela é repassada por herança”.
Nos dias de hoje existem diversas indústrias de acordeons ou outros instrumentos musicais do gênero, mas não se tem notícia de alguém que planeje fabricar concertinas. Alguns aficionados até tentam reconstruir estes instrumentos a partir de antigas sucatas. Não estaria na hora de se motivar pessoas para produzirem novos instrumentos, até porque ainda temos protótipos para serem utilizados como modelo?
Fala-se que o pomerano é músico por natureza e que não precisa de muito tempo para assimilar novas músicas e aprender a tocar novos instrumentos musicais. Talvez devêssemos começar a incentivar nossos jovens criativos a investirem mais em música!
Mas o que vem a ser uma concertina?
A concertina é um instrumento musical que poderia ser chamado de variante da “harmônica” e do “acordeon”. Funcionalmente é semelhante ao harmônio ou ao órgão, por valer-se de um sistema de ar comprimido que passa a acionar as palhetas que irão produzir o som.
A sua origem é discutida. Sabe-se que uma versão inglesa foi inventada em 1829 por Sir Charles Wheatstone que patenteou o seu modelo em 1844. Já, Carl Friedrich Uhlig anunciou a versão alemã em 1834. Se a versão inglesa passou a ser utilizada como instrumento de uma música já mais clássica, a versão germânica passou a fazer mais música popular de dança do dia a dia. Aliás, como vem acontecendo pelas regiões da colonização pomerana até os dias atuais.
Hoje existem dois modelos que continuam sendo restaurados e que seguem passando de geração em geração e cujos valores venais, dependendo da sua qualidade e conser-vação, muitas vezes são incalculáveis.
Popularmente as concertinas são classificadas como “de uma conversa” ou de “duas conversas”. No primeiro caso, ao se expandir o “fole” ou se comprimir o mesmo, apertando o mesmo “botão”, será reproduzido o mesmo tom.
No segundo caso, teremos tons diferentes ao se comprimir ou estender o “fole”. Desta for estender o fole. ma, qualquer execução de uma música neste segundo instrumento tornar-se-á bem mais difícil por implicar na presença de dois tons obtidos com a mesma tecla, sempre na dependência da expansão ou compressão do “fole”. A utilização de uma tecla adicional a ser comprimida pelo polegar do músico (confira a imagem número quatro) permitirá uma rápida entrada de ar, mantendo o curso, seja expandindo ou comprimindo a concertina, conservando desta forma o mesmo tom do instrumento.