Conab reduz para 50,92 milhões de sacas a estimativa da safra de café para 2019
Publicado em 16/05/2019 às 12:36
Cafeicultores de boa parte do Brasil alegam que a safra de café deste ano foi prejudicada principalmente pela falta de chuva no momento de “enchimento dos grãos”. E os dados da primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que previa uma colheita entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas, somadas as variedades de arábica e conilon, era rebatida pelos produtores.
Na manhã desta quinta-feira (16), a Conab divulgou a sua segunda estimativa, que afirma que o Brasil caminha para colher uma safra de 50,92 milhões de sacas de café beneficiado em 2019, somando-se as espécies arábica e conilon. O resultado representa uma redução de 17,4% em relação a 2018. Entretanto, a previsão fica dentro da margem da primeira estimativa.
Segundo a Conab, o recuo é devido à bienalidade negativa nos cafezais, um fenômeno natural que ocorre com a cultura e faz com que sua produtividade seja maior em um ano e menor no ano seguinte. No entanto, o Brasil segue como principal produtor mundial e maior exportador da cultura.
De acordo com o levantamento, a colheita já foi iniciada e esta produção mantém-se como a maior dentro do período de bienalidade negativa. O café arábica, que representa uma produção de 72% do total e é mais influenciado pela bienalidade, deve alcançar 36,98 milhões de sacas, uma redução de 22,1% em comparação à temporada anterior.
Já a produção de conilon está estimada em 13,94 milhões de sacas, uma diminuição de 1,7% em relação a 2018. No caso do conilon, esta projeção deve-se principalmente à expectativa de redução de produção na Bahia e em Minas Gerais, que diminuíram área e apresentam menores estimativas de produtividades médias, e no Espírito Santo, que também diminuiu a produtividade devido ao clima.
A área total cultivada no país com as duas espécies totaliza 2,16 milhões de hectares. Deste total, 14,8% estão em formação e 85% em produção. Na safra atual, a área em produção foi reduzida em 1,1%, enquanto a área em formação aumentou 8,7%. Segundo o estudo, por se tratar de uma safra de bienalidade negativa, os produtores aproveitam para realizar tratos culturais nas lavouras e, consequentemente, diminuir a área em produção.
Outro destaque do boletim é o mapeamento que a Conab está realizando com os dados de café nas principais regiões produtoras. O estudo utiliza tecnologias de georreferenciamento, que colabora com as estimativas de áreas.
PRIMEIRA ESTIMATIVA – Em sua primeira estimativa, a Conab previa, para 2019, que a safra de café brasileira ficaria entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas. A expectativa era de uma produção de 36,12 a 38,16 milhões de sacas de café arábica neste ano, queda de 23,9% a 19,6% na comparação com 2018, respectivamente. Já a safra de conilon (robusta), que não é afetada pela bienalidade negativa, era prevista que cresceria de 1,3% a 1,5%, para 14,36 e 16,33 milhões de sacas, respectivamente, segundo a Conab.
Conab reduz para 50,92 milhões de sacas a estimativa da safra de café para 2019
Julio Huber
Cafeicultores de boa parte do Brasil alegam que a safra de café deste ano foi prejudicada principalmente pela falta de chuva no momento de “enchimento dos grãos”. E os dados da primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que previa uma colheita entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas, somadas as variedades de arábica e conilon, era rebatida pelos produtores.
Na manhã desta quinta-feira (16), a Conab divulgou a sua segunda estimativa, que afirma que o Brasil caminha para colher uma safra de 50,92 milhões de sacas de café beneficiado em 2019, somando-se as espécies arábica e conilon. O resultado representa uma redução de 17,4% em relação a 2018. Entretanto, a previsão fica dentro da margem da primeira estimativa.
Segundo a Conab, o recuo é devido à bienalidade negativa nos cafezais, um fenômeno natural que ocorre com a cultura e faz com que sua produtividade seja maior em um ano e menor no ano seguinte. No entanto, o Brasil segue como principal produtor mundial e maior exportador da cultura.
De acordo com o levantamento, a colheita já foi iniciada e esta produção mantém-se como a maior dentro do período de bienalidade negativa. O café arábica, que representa uma produção de 72% do total e é mais influenciado pela bienalidade, deve alcançar 36,98 milhões de sacas, uma redução de 22,1% em comparação à temporada anterior.
Já a produção de conilon está estimada em 13,94 milhões de sacas, uma diminuição de 1,7% em relação a 2018. No caso do conilon, esta projeção deve-se principalmente à expectativa de redução de produção na Bahia e em Minas Gerais, que diminuíram área e apresentam menores estimativas de produtividades médias, e no Espírito Santo, que também diminuiu a produtividade devido ao clima.
A área total cultivada no país com as duas espécies totaliza 2,16 milhões de hectares. Deste total, 14,8% estão em formação e 85% em produção. Na safra atual, a área em produção foi reduzida em 1,1%, enquanto a área em formação aumentou 8,7%. Segundo o estudo, por se tratar de uma safra de bienalidade negativa, os produtores aproveitam para realizar tratos culturais nas lavouras e, consequentemente, diminuir a área em produção.
Outro destaque do boletim é o mapeamento que a Conab está realizando com os dados de café nas principais regiões produtoras. O estudo utiliza tecnologias de georreferenciamento, que colabora com as estimativas de áreas.
PRIMEIRA ESTIMATIVA – Em sua primeira estimativa, a Conab previa, para 2019, que a safra de café brasileira ficaria entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas. A expectativa era de uma produção de 36,12 a 38,16 milhões de sacas de café arábica neste ano, queda de 23,9% a 19,6% na comparação com 2018, respectivamente. Já a safra de conilon (robusta), que não é afetada pela bienalidade negativa, era prevista que cresceria de 1,3% a 1,5%, para 14,36 e 16,33 milhões de sacas, respectivamente, segundo a Conab.