Como a Seleção poderia mudar em vista da próxima Copa do Mundo?
Publicado em 05/10/2024 às 08:26
Fotos: Pixabay
A Seleção Brasileira é uma das mais tradicionais no futebol mundial, acumulando cinco títulos de Copa do Mundo ao longo de sua história. No entanto, desde a conquista de 2002, o país tem enfrentado dificuldades para levantar novamente o troféu mais cobiçado do planeta, deparando-se com eliminações inesperadas e dolorosas.
Agora, a expectativa volta-se para 2026, quando o time buscará recuperar seu protagonismo e finalmente conquistar o tão aguardado hexacampeonato. No entanto, com a evolução dos adversários e o surgimento de novos talentos no futebol mundial, o caminho para o título será mais desafiador do que nunca.
Apesar disso, o Brasil não deve ter muitos problemas para se classificar para a próxima Copa do Mundo, a primeira da história com 48 equipes. Na verdade, ao olhar as probabilidades para os jogos que faltam nas Eliminatórias Sul-Americanas, disponíveis nas plataformas mencionadas pelo melhor site de comparação de apostas brasileiras, a Seleção Canarinho é quase sempre dada como favorita para ganhar os três pontos.
Dessa forma, dificilmente o país pentacampeão mundial ficará fora do torneio, levando em conta que 60% das equipes da Conmebol garantem vaga direta para a Copa. Além disso, o sétimo colocado ainda ganha o direito de disputar uma repescagem, podendo aumentar o número de representantes da região no evento.
O Brasil nas últimas Copas
A trajetória do Brasil nas Copas do Mundo desde 2002 tem sido marcada por decepções. Em 2006, na Alemanha, a Seleção chegou como favorita, mas parou nas quartas de final ao ser derrotada pela França por 1 a 0. Problemas na transição do meio-campo e o desempenho abaixo do esperado de jogadores como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Adriano foram apontados como motivos para o revés. Isso sem contar o excesso de badalação em torno do time, prejudicando a preparação ideal.
Quatro anos depois, na Copa de 2010, na África do Sul, o Brasil mais uma vez foi eliminado nas quartas de final, desta vez para a Holanda, por 2 a 1. O desequilíbrio emocional da equipe e a falta de um plano B tático foram determinantes para a derrota. Uma das maiores críticas ao técnico Dunga foi o fato de não ter convocado Paulo Henrique Ganso e Neymar, ambos em alta no Santos.
Em 2014, no Mundial disputado em casa, o Brasil sofreu a derrota mais dolorosa de sua história ao ser goleado pela Alemanha por 7 a 1 nas semifinais. A seleção, que mostrava fragilidades defensivas e dependia de Neymar, terminou na quarta colocação após uma nova derrota para a Holanda na disputa pelo 3º lugar, pelo placar de 3 a 0.
Já em 2018, na Rússia, sob o comando de Tite, a equipe chegou com grande expectativa, mas novamente foi eliminada nas quartas de final por uma seleção europeia, no caso a Bélgica, por 2 a 1. A falta de criatividade ofensiva e erros individuais foram apontados como cruciais para a eliminação.
Na Copa de 2022, no Catar, a história se repetiu com uma eliminação precoce nas quartas de final, agora para a Croácia, nos pênaltis, após empates por 0 a 0 no tempo normal e por 1 a 1 na prorrogação. A Seleção pecou pela falta de alternativas táticas e, principalmente, por não ter segurado a vitória faltando apenas quatro minutos para o fim, levando um contra-ataque evitável.
O que pode ser mudado visando o próximo mundial?
Pensando em 2026, algumas mudanças são inevitáveis na Seleção Brasileira. A renovação de jogadores parece ser uma prioridade. Neymar, embora ainda seja o principal nome do país, já estará em uma fase mais avançada da carreira e está voltando de grave lesão. Novos talentos como Vini Jr., Rodrygo e Endrick devem assumir um papel de maior protagonismo.
Por outro lado, há peças questionáveis, principalmente no meio-campo, hoje povoado com jogadores que atuam em times secundários do futebol inglês. No entanto, a falta de opções melhores também não ajuda muito a elevar o nível do elenco.
O grande dilema é o aspecto tático, e para isso o Brasil precisará se adaptar às novas tendências do futebol mundial, que têm sido mais voltadas para a posse de bola dinâmica e a versatilidade dos jogadores. Assim, Dorival Júnior deverá explorar novas formações e estratégias que permitam à equipe se sobressair tanto ofensiva quanto defensivamente. A busca por um meio-campo mais criativo, capaz de controlar o ritmo do jogo, também será essencial.