Combate ao câncer: álcool e cigarro são os principais fatores de risco
Publicado em 05/02/2023 às 12:35
No mês em que é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer (4) e o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo (22), o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia associa as datas e faz um alerta para a incidência do câncer em decorrência do uso de tais drogas lícitas.
O tabagismo, que ocupa o topo da lista dos fatores de risco, é considerado uma doença crônica, causada pela dependência da nicotina, que, de acordo com a OMS, integra o grupo de transtornos mentais, comportamentais ou de neurodesenvolvimento, em razão do uso da substância psicoativa, além de ser a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o consumo de bebidas alcoólicas, em qualquer quantidade, aumenta o risco de desenvolver câncer de boca, faringe, laringe (cordas vocais), esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto) e mama. Quando associadas ao tabagismo, a possibilidade do surgimento de um tumor maligno se eleva.
Dra. Luciana Fernandes Costa, otorrinolaringologista no Hospital Paulista, explica que a fumaça do tabaco contém mais de 7.000 compostos e substâncias químicas e que, no mínimo, 69 dessas substâncias são cancerígenas, segundo informações da American Cancer Society.
“As bebidas alcoólicas também podem conter uma variedade de contaminantes cancerígenos introduzidos durante sua fermentação e produção, como nitrosaminas, fibras de amianto, fenóis e hidrocarbonetos”, explica a especialista.
Conforme a otorrino, a adoção de um modo de vida saudável pode barrar o desenvolvimento de um câncer. “Não fumar, manter o peso corporal adequado, ter uma alimentação saudável e regrada, praticar atividades físicas, realizar exames periódicos, manter a caderneta de vacinação em dia, cortar o consumo de bebida alcóolica, não ingerir carne processada e evitar exposição ao sol sem proteção adequada são algumas medidas de prevenção à doença”, destaca Dra. Luciana.
Segundo a médica, a prevenção primária pode ser realizada com a redução dos fatores de risco, como tabagismo e alcoolismo. “E a prevenção secundária, que é a realização de exames periódicos, permite um diagnóstico precoce, com maior chance de cura”, finaliza.
Fonte: Máquina CW
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