Cinco doenças comuns no verão que você pode evitar
Publicado em 23/01/2021 às 14:06
As altas temperaturas chegam e com elas as doenças de verão. Em ritmo de férias e relaxamento, muitos se aventuram mais com a alimentação, afrouxam os critérios nos cuidados de higiene e até mesmo deixam de prestar atenção na manutenção do quintal de casa. Os deslizes típicos desta época podem ter consequências desagradáveis e estragar os planos da família.
Uma das mais temidas doenças da estação é a intoxicação alimentar. O problema é geralmente causado pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E. coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (Rotavírus) ou por suas respectivas toxinas.
Quando atinge crianças e idosos a intoxicação alimentar pode ser grave. “É preciso observar se os alimentos estão sendo conservados de maneira adequada. Evite aqueles que deviam estar refrigerados, mas não estão. Por causa do calor a proliferação de bactérias é maior e esses organismos liberam toxinas”, alerta a infectologista da Unimed Vitória Ana Carolina D’Ettorres.
O aumento de temperatura e a umidade favorecem outro incômodo: a micose. Infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e os cabelos, as micoses são especialmente frequentes em regiões tropicais onde existem condições ideais para o desenvolvimento dos fungos. “Na praia tudo fica úmido, o que favorece o aparecimento da micose. Tente manter-se seco depois dos banhos de mar para evitar problemas”, orienta Ana Carolina.
Reforçar os hábitos de higiene é essencial na prevenção das micoses. Em tempos de banhos de mar e de piscina, secar-se bem, principalmente nas axilas, virilhas e dedos dos pés é uma rotina importante. Ficar com roupas molhadas por muito tempo também pode causar o aparecimento dessa infecção. Evite também andar descalço em locais que sempre estão úmidos, como saunas e lava-pés de piscinas, por exemplo.
Sol, mar e prevenção
Entre um mergulho e outro é necessário ter cuidado para não acabar com água nos ouvidos. Mantenha o ouvido sempre seco e fique longe da otite. É comum que durante o verão os episódios de dor de ouvido após banhos de mar ou de piscina aumentem. Essas queixas geralmente estão relacionadas à otite externa, uma infecção na pele do canal do ouvido externo causada por bactérias presentes na água – ou que têm a água como meio propício para proliferação.
Os surtos de conjuntivite também costumam aparecer nesta época do ano. A infecção que afeta a conjuntiva, a membrana que recobre a parte branca do olho, é mais comumente causada por vírus, que circula pelo ar com mais facilidade devido às temperaturas mais altas e à umidade. Exposição prolongada ao sol, piscina, ar-condicionado, aglomerações de pessoas e poeira tornam a propagação e o contágio mais fáceis.
Olhos vermelhos, lacrimejantes, sensíveis à luz, pálpebras inchadas, secreção, coceira e sensação de areia nos olhos são alguns dos sintomas. “Basicamente, os cuidados para evitar a conjuntivite são os mesmo que para evitar o coronavírus: higienizar sempre as mãos, não levar as mãos sujas ao rosto e evitar aglomerações”, explica a infectologista Ana Carolina.
O verão é também a época do ano quando ocorre o maior pico da dengue. A estação que traz chuvas em várias regiões do país favorece o crescimento da circulação do mosquito Aedes aegypti e das doenças associadas a ele como dengue, zika e chikungunya.
Nesse caso os cuidados começam no quintal de casa, com a eliminação de possíveis criadouros para o mosquito, aqueles locais que podem acumular água parada. Vale reforçar que a eliminação de possíveis focos de mosquito numa residência é benéfica para toda a vizinhança do entorno da residência. Esses cuidados simples irão contribuir para uma temporada de férias mais tranquila e agradável.