Chuvas e áreas alagadas aumentam o risco de transmissão da leptospirose

Publicado em 15/11/2019 às 12:49

Compartilhe

As chuvas intensas registradas nesta terça-feira (12) e quarta-feira (13) no Espírito Santo trazem mais uma preocupação: o aumento de casos de leptospirose, uma doença causada por uma bactéria presente na urina do rato que, normalmente, se espalha pela água suja de enchentes e esgotos. O principal transmissor é o rato. No entanto, outros animais contaminados, como cães por exemplo, podem transmitir a doença da mesma forma.

A Secretaria da Saúde (Sesa) alerta que a população deve ficar atenta e procurar atendimento médico se sintomas como febre; dor muscular, principalmente nas panturrilhas; dor de cabeça; amarelão nos olhos e um quadro de conjuntivite sem secreção surgirem no período de 7 a 14 dias após o contato com água de chuva.

Para evitar a doença, a Sesa alerta sobre os cuidados que devem ser tomados. A principal medida de prevenção é evitar o contato direto com a água contaminada (de inundações ou enchentes), mas nem sempre é possível. Por isso recomenda-se que, antes de entrar na água a pessoa coloque botas nos pés ou use alguma outra forma de proteção. Isso porque, em enchentes, a água entra nos bueiros, onde inevitavelmente tem urina de rato, e essa água volta para a rua contaminada.

No caso de imóveis invadidos pela enchente, após a retirada da água é preciso realizar a limpeza. Para desinfecção, basta usar uma solução de um litro de água sanitária para cada quatro litros de água, umedecer os panos e limpar cada ambiente, retirando a lama e lavando o chão, paredes e objetos. Vale ressaltar que após o contato com a água contaminada a pessoa deve sempre lavar-se com água e sabão e usar álcool para ajudar a eliminar as bactérias.

Como se prevenir:

– Evite o contato com água ou lama de enchentes ou esgotos.
– Impeça que crianças nadem ou brinquem nestes locais, que podem estar contaminados pela urina dos ratos.
– Não entre em ambientes de lama ou em locais de criação de animais sem proteção adequada, como luvas e bota.
– Após as águas baixarem, será necessário retirar a lama e desinfetar o local (sempre se protegendo).
– Deve-se lavar pisos, paredes e bancadas, desinfetando com água sanitária, na proporção de 2 xícaras das de chá (400ml) desse produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos.
– Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto devem usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com água e lama contaminadas (se isto não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).
– O lixo doméstico deve ser ensacado e posto fora de casa, no alto, pouco antes de o lixeiro passar;
– É importante manter limpos quintais, terrenos baldios, ruas e córregos, evitando entulhos e objetos inúteis;
– Terrenos baldios devem ser limpos, murados e sem lixo;

Veja também

Festa-do-Morango

Um banquete de sabores com morangos nas montanhas

200-celulares

Mais de 200 celulares são recuperados na primeira etapa do Projeto Recupera

aquaviario-es

Estado vai receber recursos para construção de cinco novas estações do Aquaviário

seminario-sesa

Sesa participa de Seminário Regional de Fortalecimento da Gestão e Participação Social das Ouvidorias do SUS

agroindustrias

Agroindústrias apostam em minimamente processados para alimentação escolar no Espírito Santo

chuva

Quando volta a chover? Forte frente fria avança no fim do mês

hospital-amigo-da-crianca

Sesa mobiliza hospitais sobre selo Hospital Amigo da Criança

ruraltures

RuralturES promete explorar o turismo de experiência com estrutura imersiva