Chocolates artesanais feitos com cacau capixaba encantam turistas com o apoio do Senar-ES
Publicado em 27/03/2025 às 14:20

Foto: Freepik
No dia 26 de março, celebra-se o cacau, fruto essencial para a produção do chocolate e símbolo do trabalho árduo dos agricultores. Em Rio Bananal, no norte do Espírito Santo, a Família Rosa encontrou no cultivo do cacau uma nova maneira de prosperar no campo, transformando sua história em sabor.
A propriedade rural, herdada por Duila Rosa e sua família, passou por uma grande transformação. Inicialmente voltada ao café, a terra úmida mostrou-se inadequada para essa cultura, levando-os a apostar no cacau. Essa decisão mudou o rumo do negócio e deu origem à marca Cacau Maya, uma homenagem à filha Mayane.
Com o suporte da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar-ES), a produção ganhou qualidade e eficiência. “O conhecimento adquirido fez toda a diferença. Hoje, colhemos resultados incríveis e vemos nossa lavoura prosperar”, afirma Duila.
A variedade de chocolates atrai visitantes à propriedade: há opções ao leite, branco, com amendoim, cappuccino e combinações com café, valorizando o terroir capixaba. Esse sucesso é fruto do trabalho técnico e contínuo promovido pelo Senar-ES, que chegou até a família por meio do Sindicato Rural de Rio Bananal.
A técnica de campo Senária Silva acompanhou cada etapa da produção, destacando que os treinamentos do Senar-ES foram fundamentais para aprimorar o manejo, a poda, a seleção dos frutos e o controle de pragas. O resultado é um cacau de alta qualidade, ideal para chocolates finos.
O Espírito Santo se destaca na cacauicultura, figurando entre os maiores produtores do Brasil, com mais de 12 mil toneladas colhidas em 2023, segundo o IBGE. Nesse contexto, o Senar-ES se consolida como parceiro dos agricultores, oferecendo capacitações gratuitas, como os cursos de Colheita e Beneficiamento do Cacau, Enxertia, Poda e Produção de Derivados do Cacau.
A ATeG é um serviço gratuito que acompanha os produtores por dois anos, com visitas mensais e foco na gestão, planejamento e estratégias para aumentar a renda. Seu modelo se baseia em cinco pilares: diagnóstico produtivo, planejamento estratégico, adequação tecnológica, capacitação profissional e avaliação dos resultados.
Atualmente, a assistência técnica atende diversas cadeias produtivas no Espírito Santo, incluindo cafeicultura, cacauicultura, bovinocultura, fruticultura, piscicultura e apicultura. Novas áreas são incorporadas conforme a demanda dos produtores.
Para acessar os cursos e serviços, basta procurar o Sindicato Rural do município e integrar essa rede que transforma vidas no campo. Assim como a Família Rosa, que hoje adoça o mundo com seu chocolate e sua história.
Fonte: Senar-ES