Campanha de vacinação contra sarampo e pólio termina na próxima sexta-feira (31)

Publicado em 28/08/2018 às 11:19

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A Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a poliomielite termina na próxima sexta-feira (31), em todo Brasil, e não há previsão para prorrogação da campanha.

Até o último domingo (26), foram vacinadas 158.652 crianças do público-alvo (78,61%) contra a poliomielite e 157.748 (78,16%) contra o sarampo. Com esses números, o Espírito Santo é o 3º estado em percentual de imunizações no Brasil, ficando atrás somente do Amapá (98,22%) e de Rondônia (91,95%).

Em todo Espírito Santo, o número de crianças a serem vacinadas é de 201.833, e a meta é imunizar 95% desse total. Para alcançar a meta, é preciso que os pais levem seus filhos de 1 ano até menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) em uma das 539 salas de vacinação das Unidades de Saúde em todo Estado.

Até o final da campanha, na próxima sexta-feira, as crianças devem ser levadas a uma unidade de saúde, mesmo as que já tenham sido vacinadas anteriormente. É fundamental que os pais apresentem o cartão de vacina para que o histórico de vacinação da criança seja verificado. Caso esse documento tenha sido perdido, a criança deve ser levada para ser imunizada com a certidão de nascimento.

Sarampo

Há 18 anos o Espírito Santo não registra casos de sarampo com transmissão dentro do seu território. O último caso autóctone da doença registrado no Estado foi em 1999, no entanto, em 2013 o estado teve 1 caso importado da doença.

Este ano o Brasil já registrou 1.428 casos confirmados de sarampo: Amazonas (1.087), Roraima (300), Rio de Janeiro (18), Rio Grande do Sul (16), Pará (02), São Paulo (02), Pernambuco (02), Rondônia (01).

A coordenadora Estadual de Imunizações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Danielle Grillo, ressalta a importância de manter a vacinação em dia para a prevenção de doenças, mesmo aquelas que foram eliminadas no Espírito Santo ou no Brasil.

“Se a pessoa não estiver imunizada, o sarampo pode acometer qualquer faixa etária, mas os surtos que temos visto no Norte do Brasil têm acometido principalmente crianças menores de 5 anos. Vale ressaltar que, na criança, a doença pode ser mais grave, pois compromete o sistema imunológico. Além das complicações como infecções respiratórias (pneumonia), o sarampo também pode provocar otites, doenças diarreicas, neurológicas e levar à morte”, disse.

Danielle destacou ainda que, além do sarampo, a vacina tríplice viral também protege contra a caxumba e a rubéola. “É importante dizer que o Brasil já registrou casos de sarampo em oito estados. Para manter a doença afastada, é fundamental manter alta e homogênea cobertura vacinal, para evitar a reintrodução do vírus”, destacou.

Poliomielite

O último caso de poliomielite no Espírito Santo ocorreu em 1987, e, no Brasil, desde 1990 não são registrados casos . A doença é grave e foi responsável por danos irreversíveis para milhares de crianças.

Apesar dos progressos alcançados graças à vacinação contra a poliomielite, a doença permanece endêmica em três países da África e Ásia e, por esse motivo, faz-se necessária a cobertura vacinal adequada para evitar o retorno da doença ao Brasil.

Saiba mais

O que é sarampo?

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, por tosse e espirro, e extremamente contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e imunocomprometidas.

De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação do vírus foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.

Sintomas

Febre alta, acima de 38,5°C; dor de cabeça; manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo; tosse; coriza; conjuntivite; manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas.

Transmissão

A transmissão ocorre de quatro a seis dias antes e até quatro dias após o aparecimento da erupção da pele (exantema). O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível.

Prevenção

A vacinação contra o sarampo é a única maneira de prevenir a doença.

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