Brasil apresenta queda nas exportações de café em 2016

Publicado em 18/02/2017 às 11:51

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O número de exportações de café brasileiro para o exterior teve queda no ano de 2016. Cálculos apresentados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) apontam que, ao longo do ano passado, foram exportadas um total de 34.005.893 de sacas, um decréscimo de 8,1% em comparação com o ano de 2015, que obteve um índice de 37.018.983 de sacas.

Ainda segundo a pesquisa, a receita cambial fechada do ano passado foi de US$ 5,4 bilhões e o preço médio por saca de US$ 158,68, resultando em quedas de 12,3% e de 4,5% em comparação com 2015, respectivamente (ano que havia apresentado US$ 6,1 bilhões de receita cambial e US$ 166,24 de preço médio por saca).

Por outro lado, a participação do café nas exportações do agronegócio brasileiro realizadas pelo país gerou um percentual de 6,4% no segmento. Já no nível geral de exportações, a representatividade do café foi de 2,9%, mantendo o bom desempenho do comércio exportador de café do país. O Brasil é o país que mais repassa o valor FOB aos produtores do setor cafeicultor, estimado em mais de 80% segundo o Índice de Participação na Exportação do Produtor (IPEP), auditado pelo Cecafé.

O presidente Cecafé, Nelson Carvalhaes, considera que o segundo trimestre de 2016 foi o mais desafiador para o segmento, devido ao período de entressafra e às reduções drásticas nos estoques. “O café conilon (robusta) foi o mais impactado em 2016 devido às condições climáticas adversas, voltando a patamares de 1997. Já o arábica, por sua vez, compensou esse cenário negativo, com recorde em toda a nossa série histórica de exportações”, conta o presidente.

No total, os cafés verdes somaram 30.148.595 de sacas (29.568.282 sacas de arábica e 580.313 sacas de robusta). Já os cafés industrializados, tiveram aumento de 7,8% em comparação com o total exportado em 2015, com 3.857.298 de sacas embarcadas em 2016 (sendo 3.828.092 de sacas de café solúvel e 29.206 sacas de café torrado e moído).

Principais destinos – Os Estados Unidos foi o principal destino do café exportado pelo Brasil, tendo um índice de 6.477.794 de sacas, sendo 19% dos embarques, seguido de perto pela Alemanha, com 6.220.107 de sacas e 18,3% das exportações. Destaque também para a Itália com 8,5% (2.876.918 sacas), Japão com 7,5% (2.538.786 sacas) e Bélgica com 6,1% (2.089.747 sacas).

Cafés diferenciados – As exportações de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) corresponderam a 5.929.888 de sacas, representando 17,4% do total de café embarcado em 2016. A receita cambial dessa modalidade foi de US$ 1,17 bilhão no acumulado do ano, correspondendo a 21,7% do total gerado com os valores de exportação. O preço médio dos cafés diferenciados em 2016 foi de US$ 197,69.

Os 10 maiores países importadores de cafés diferenciados representam 81,4% dos embarques desse produto. Os Estados Unidos são o país que mais recebe cafés diferenciados do Brasil, com 1.222.943 de sacas exportadas, o que corresponde a 21% da modalidade. Japão fica em segundo lugar com 15% (913.126 sacas), seguido por Alemanha, com 12% (699.388 sacas), Itália, com 11% (628.225 sacas) e Bélgica, com 10% (602.604 sacas).

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