Bitcoin tira o controle da emissão monetária do Banco Central, diz especialista
Publicado em 11/11/2021 às 20:21
O Bitcoin já é um ativo consolidado, prova disso é que, ainda em abril, o valor de mercado da moeda virtual superou o de toda a Bolsa de Valores Brasileira, a B3. Segundo o Documenting Bitcoin, a criptomoeda tem o valor superior a US$ 1,19 trilhões, enquanto o todas as ações brasileiras somam US$ 1,17 trilhões.
Ao mesmo tempo que países como El Salvador ‘surfam na onda’ e incorporam o ativo como moeda oficial no país, outros vão na direção contrária, como a China que decidiu banir todas as transações com ativos digitais.
Para Anderson Domingos, fundador da Favos Invest, decisões como a chinesa tentam frear o modelo descentralizado baseado na tecnologia Blockchain, que tira dos bancos centrais o poder sobre o sistema financeiro e sobre a emissão monetária.
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“A grande preocupação desses governos é perder o controle sobre o principal ativo de negociação que é a criação de dinheiro”, explica. “O Satoshi Nakamoto, nome dado ao criador do Bitcoin, tinha aversão ao controle estatal sobre a nossa possibilidade de decisão monetária”, completa.
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O principal diferencial do Bitcoin é ser o “ouro 2.0”, ou seja, a quantidade é finita. Depois que todas as criptomoedas forem mineradas, é impossível emitir novos ativos, tornando-o uma reserva de valor assim como o ouro, mas diferente do dólar, que o FED (Federal Reserve), o banco central dos Estados Unidos, decide quando quer “ligar a impressora”.
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