Arte, Crônicas e Poesia
Bater na porta do céu
Publicado em 11/08/2022 às 10:45
A dor é gigante, vejo homens perdidos e clamando aos ventos. Anestesiados por prazeres vãs, o homem caminha desconectado consigo mesmo. A maior perda que possa existir é olhar no espelho e não ver nada além do físico.
Nós somos consumistas de bens vazios e o tempo nos consome igual cupim dilacera a madeira, sem quaisquer objeções do nosso eu para intervir, inexoravelmente.
Abram os olhos! Chegará o instante em que o véu se rasgará e será revelado todo o enredo existencial, ações e omissões tomarão forma sólida, assim como o cego que começa a enxergar. Mas, diferente do júbilo deste, ver-se-á os corações dilacerados pelas mentiras contadas, ver-se-á pedintes aflitos por fome e sede que foram ignorados, ver-se-á os rostos de todos os enganados pelo orgulho e vaidade. Lançado será na jaula da sua própria consciência.
E a pergunta mais importante para fazer nesse instante: o que encontrará na sua jaula?
A cada instante a ampulheta da vida escoa mais um grão de areia, não perca mais tempo. Mude o teu destino para que quando o último grão de areia cair, solte um sorriso e assim como Paulo de Tarso, saberá que combateu o bom combate e lhe estará reservado a coroa da justiça.
Sejam vigilantes, pois infindáveis são os obstáculos na trajetória terrena, muitos são os motivos para erro e os que seguem pela justiça apanham mais, tudo feito com o escopo de conformar-se ao mundo. Calma, mantenha a fé, valerá a pena!
Não tenham medo, o silêncio não significa ausência, lembre-se que o professor sempre fica atento aos alunos durante a prova. Por mais que seus olhos enxerguem apenas dor e tristeza, saibam que a onda não afundará o barco, pois maior é a misericórdia de quem a controla.
Não desista!
Reaja!