GASTRONOMIA

Gastronomia

Barreado

Publicado em 25/05/2021 às 13:08

Compartilhe

De origem açoriana e com 300 anos de história no ritual de seu preparo, o “barreado” chegou ao Brasil pelas mãos dos portugueses que foram para o litoral do Paraná, no século XVIII.

É uma preparação de “sustância”, como diria minha avó, bom para ser saboreado no inverno, quando a temperatura ambiente é baixa! Pensando nisso e como o friozinho começou a chegar aqui em Domingos Martins, região serrana do Espírito Santo, preparei uma versão neste último sábado.

A receita original manda cozinhar as carnes, temperos e legumes numa panela alta, de barro, própria para ele. E, de preferência, em fogão a lenha, para a cocção ser bastante lenta. O nome provém da massa de farinha de mandioca e água, para formar uma pasta e “barrear” em torno da tampa da panela, de modo a vedá-la.

Eu a preparei de uma maneira alternativa e que ficou muito saborosa, apesar de não ser o “autêntico”! Comecei a forrar o fundo de uma panela de pressão, com capacidade para 5 litros, com bacon fatiado (300 g). Sobre elas coloquei uma porção de peito bovino com pouca gordura (utilizei 3 kg no total), por cima uma camada de cebolas e tomates fatiados, outra camada de cubos de carne, mais uma de bacon e, para finalizar, outra de cebola e de tomates.

Adicionei umas 5 folhas de louro, uma colher bem cheia de sal grosso, 6 dentes de alho descascados e picados, uma colher de sopa de pimenta do reino e uma de cominho. Cobri tudo com água, fechei a panela e acendi o fogo. Ficou cozinhando por 2 horas.

Deixei sair a pressão, abri a panela, verifiquei e corrigi os temperos, não precisava de mais água. Voltei com a panela para o fogão, deixando-a por mais uma hora e meia. Findo este tempo deixei o vapor sair naturalmente, tirei a carne da panela e a desfiei. Voltei tudo para a panela, polvilhei um ramo de salsinha picada e preparei o acompanhamento.

Originalmente coloca-se uma porção de farinha de mandioca crua num prato fundo, cobre-se com o caldo até virar um purê e, sobre ele, uma concha caprichada da carne. Acompanha banana crua fatiada. Eu inovei: minha esposa preparou uma farofa de banana da terra, cortada em cubinhos, fritos na manteiga: combinou muito bem! E um vinho tinto encorpado, porque ninguém é de ferro…

Veja também

capa

Fiéis se reúnem no alto do Convento da Penha para rezar o terço em noite inédita na programação da Festa da Penha

Imagem-do-WhatsApp-de-2025-04-10-as-16.54.22_2693d46b-768x433-2-768x433

Previsão aponta chuva fraca em todo o Espírito Santo nessa quarta-feira (23)

relatorio-producao-animal-pecuaria-espirito-santo

Relatório do Governo do Estado aponta crescimento da produção animal capixaba em 2024

captura_de_tela_2025-04-22_as_10.47.20

Papa Francisco é velado na Basílica de São Pedro com missa solene no sábado

Thiers Turini

Modal Expo 2025: credenciamento aberto para primeira feira de logística, transportes e comércio exterior do Espírito Santo

capa

Noite de bênção e esperança: casais se reúnem na Festa da Penha 2025

FOTO ONU - 1

Colunista do portal Montanhas Capixabas representa o Brasil em evento na ONU sobre pessoas com síndrome de Down

corpo_48483_ToninhodaEmaterLucasSCosta-1

Circuito do Chapéu em Domingos Martins pode se tornar rota turística estadual com projeto de lei

Últimos artigos de Gastronomia

Mousse de Côco

Frango ao molho de mostarda e mel

Chili com carne  

Polenta cremosa com abobrinha e gorgonzola

Sopa de letrinhas