Associados da AVES e ASES participam de capacitação sobre sucessão familiar

Publicado em 07/08/2019 às 11:44

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Uma temática amplamente ligada ao sistema de agricultura familiar de todo o país, a sucessão familiar foi abordada no último dia 24 de julho, em Santa Maria de Jetibá, com o curso de capacitação “Sucessão Familiar Rural – Sucessores no Campo”, promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com o apoio da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) e da Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES).

Contando com aproximadamente 20 produtores rurais dos dois setores e associados às duas entidades, o encontro foi conduzido pelo consultor e instrutor do Sebrae/ES, Hélio Orlando Menegueli. Inicialmente, o palestrante destacou o novo cenário identificado como “Desafio Real”, no qual as propriedades rurais devem ser vistas e pensadas com empresas rurais.

“Nosso objetivo é planejar essa sucessão de uma forma menos traumática para conseguir manter no campo empreendimentos viáveis e que possam ser geridos por novos diretores, ou seja, distribuir, planejar o futuro, ver onde está cada empreendedor e como cada membro da família vai se comportar e vai contribuir com essa empresa rural”, ressaltou o instrutor.

Menegueli também frisou a importância dos gestores das empresas rurais saberem para quem estão produzindo (fornecedores, produtores rurais, agroindústrias, distribuidores). Os participantes contaram com uma ampla explanação sobre a competitividade na hora de fazer mais e melhor com menos e também sobre a profissionalização que é vital nesse processo de sucessão.

A necessidade do empresário rural de traçar e atingir um ou mais objetivos desde reduzir os custos, melhorar seu acesso aos mercados e aumentar a produção e a qualidade dos processos, também foi enfatizada pelo palestrante.

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É MERITOCRACIA, NÃO HERANÇA – O instrutor deixando claro que o processo de sucessão dentro da empresa rural tem que ser idealizado em processos de médio e longo prazo. Em uma de suas falas, Menegueli ressaltou que a escolha dos novos gestores deve ser por meritocracia, não estando relacionada ao direito de cada membro da família ao patrimônio e sim ao perfil pessoal e profissional que deve ser criteriosamente analisado, além do mérito alcançado no dia da dia da empresa.

Diferentemente da herança que vem para dividir, a sucessão familiar tem o propósito de construir para assegurar o sustento dos familiares envolvidos e a prosperidade do negócio. Mesmo que os herdeiros tenham direito ao patrimônio da empresa, não necessariamente tem o direito de assumir e gerir a empresa.

PROCESSOS E ETAPAS – Ao longo da apresentação os participantes verificaram que início do processo de sucessão familiar pode ser auxiliado com a elaboração e implementação do plano de sucessão familiar da empresa rural. Esse plano é um documento construído pela família que busca racionalizar e instrumentalizar a sucessão familiar.

“Será feito um lavamento patrimonial, lembrando que essa consultoria não aborda os aspectos jurídicos e nem os aspectos financeiros. Faremos o planejamento da sucessão”, explicou o palestrante.

Eles também conheceram os ambientes que as empresas rurais devem analisar e discutir (ambiente familiar, de negócio e de patrimônio), identificaram as fases de desenvolvimento dessas instituições (fase pioneira, fase da diferenciação e fase de integração) e reconheceram que nesse processo de sucessão a atuação da família se garante com três etapas: Planejamento de Sucessão Familiar, Gestão do Patrimônio e Gestão da Sociedade Familiar.

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CONTINUAÇÃO DA CAPACITAÇÃO – Além das quatro horas de explanação que aconteceram em Santa Maria de Jetibá, os produtores receberam diversas tarefas para serem realizadas juntamente com suas famílias na empresa rural.

Eles também puderam fazer um agendamento para receberem uma consultoria de 20 horas com o palestrante em suas empresas rurais. “Como produtor final, cada empreendimento que receber essa consultoria vai contar com um plano de sucessão para os próximos anos. O empreendedor terá informações desde ‘como e quando fazer?’ até quem serão os responsáveis pela empresa rural”, finalizou Hélio.

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