As exportações do agronegócio capixaba alcançam um novo recorde histórico em novembro de 2024
Publicado em 23/12/2024 às 09:51
Foto: Freepik
De janeiro a novembro de 2024, as exportações do agronegócio no Espírito Santo geraram cerca de US$ 3,3 bilhões (aproximadamente R$ 20,7 bilhões na cotação de 19/12). Esse resultado, alcançado em 11 meses, supera todo o valor registrado em anos completos desde o início da série histórica. Em relação ao mesmo período de 2023, houve um crescimento de 71,1% (US$ 1,9 bilhão).
Enquanto isso, no âmbito nacional, o valor das exportações do setor agropecuário caiu 0,28%, com uma redução de 1,3% no volume. No Espírito Santo, mais de 2,4 milhões de toneladas de produtos do agronegócio foram exportadas, um aumento de 6,3% em volume.
Os maiores crescimentos no valor comercializado foram observados nos seguintes produtos:
- Café cru em grãos (+125,2%)
- Carne bovina (+50,9%)
- Celulose (+40,9%)
- Mamão (+37,3%)
- Café solúvel (+36,6%)
- Chocolates e preparados com cacau (+19,6%)
- Gengibre (+16,2%)
- Pescados (+13,3%)
- Álcool etílico (+5,5%)
Em relação ao volume, os aumentos mais expressivos foram para:
- Café cru em grãos (+77,6%)
- Carne bovina (+59,5%)
- Gengibre (+46,5%)
- Mamão (+38,4%)
- Café solúvel (+15,3%)
- Álcool etílico (+10,4%)
- Chocolates e preparados com cacau (+8,7%)
- Pescados (+0,8%)
O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, destacou que novembro foi o melhor mês da série histórica e que o desempenho acumulado até novembro supera em 57% o valor total comercializado em 2023. Ele também projetou que as exportações devem atingir US$ 3,5 bilhões até o final de 2024, impulsionadas principalmente pelo café, com volumes recordes exportados, especialmente de conilon.
Os três principais produtos exportados — complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino — responderam por 95% do total comercializado entre janeiro e novembro de 2024. Durante esse período, o Espírito Santo exportou para 123 países, com destaque para os Estados Unidos, que absorveram 22% do valor total. O agronegócio representou 33,7% das exportações totais do estado.
Em relação aos principais produtos, os destaques foram:
- Complexo cafeeiro: US$ 1,98 bilhão (60,3%)
- Celulose: US$ 992 milhões (30,2%)
- Pimenta-do-reino: US$ 146,7 milhões (4,5%)
- Gengibre: US$ 39,7 milhões (1,2%)
- Carne bovina: US$ 26,5 milhões (0,81%)
- Mamão: US$ 25,9 milhões (0,79%)
- Chocolates e preparados com cacau: US$ 17,7 milhões (0,54%)
- Álcool etílico: US$ 13,1 milhões (0,40%)
- Carne de frango: US$ 6,7 milhões (0,20%)
- Pescados: US$ 5,5 milhões (0,20%)
- Outros produtos: US$ 31,7 milhões (0,97%)
O Café em Destaque
O complexo cafeeiro consolidou-se como o principal produto do agronegócio capixaba, superando a celulose. Entre janeiro e novembro de 2024, foram exportadas cerca de 7,75 milhões de sacas de café, sendo 7,09 milhões de conilon (6,6 milhões de grãos e 491,1 mil de solúvel) e 657,3 mil sacas de arábica. O crescimento no comércio exterior do café conilon foi de 89% em relação ao mesmo período de 2023. O produto também passou a ser negociado na B3, o que amplia a proteção contra oscilações de preço.
O Espírito Santo também se destacou como maior exportador brasileiro de gengibre (63%), pimenta-do-reino (58%) e mamão (44%). Além disso, ultrapassou o Estado de São Paulo na comercialização do complexo cafeeiro, alcançando a segunda posição no ranking nacional das exportações de café e derivados.
Ressalvas Sobre os Dados
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), através da Gerência de Dados e Análises (GDN/SEAG), identificou inconsistências nos dados de exportações de açúcar de cana (NCM 17011400) referentes a fevereiro e março de 2024. Os valores registrados — US$ 10,2 milhões em fevereiro e US$ 11,1 milhões em março — e os volumes — 19,8 toneladas e 21,6 toneladas — destoam das médias históricas do estado.
Consultas junto às indústrias sucroalcooleiras e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) sugerem erros no registro de notas fiscais ou em ações de trading. Assim, esses dados foram desconsiderados nas análises e a Seag segue trabalhando para corrigir essas inconsistências.
Fonte: SEAG