Arte e transformação: escola estadual leva colorido e reflexões para muros e paredes

Publicado em 18/02/2022 às 13:15

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Texto e fotos: Cícero Modolo

Os muros externos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Emílio Oscar Hulle, no centro de Marechal Floriano, ganharam desenhos e letras coloridas. Em uma intervenção coletiva, com uma equipe composta pelo professor e artista JocimarNalesso, juntamente com seus artistas parceiros – estudantes e ex-estudantes da escola -, a grafitagemganhou forma e cores e está sendo concluída esta semana.

Toda a extensão dos muros da escola, conforme idealizado pela professora de História e coordenadora do projeto, Jéssica Spadeto, receberam desenhos e estão com as pinturas sendo concluídas. O projeto também teve todo o apoio da diretora Lucelena Fernandes (Pity).

Os objetivos do projeto são, entre outros, pintar os muros da escola de maneira a contextualizar e valorizar a estética urbana local. Os desenhos são produções colaborativas entre estudantes da escola e do artista Jocimar. Cada aspecto do grafite busca refletir sobre temas como a história do município, seu legado patrimonial e questões sociais como o combate à violência de gênero e contra a mulher.

“A obra nos convida a repensar questões raciais e discriminatórias, permitindo que os estudantes compreendam as manifestações artísticas expressas através do grafite, além de ampliar as possibilidades expressivas e reflexivas desta arte”, disse a professora Jéssica.

A professora explicou que a proposta de estudar sobre o grafite foi uma demanda dos próprios estudantes. “No ano de 2017, eu e o professor Jocimar Nalesso iniciamos um projeto com os estudantes para dar voz e vazão aos seus ideais sociais e artísticos, por meio da pintura e grafitagem no muro da escola. A primeira tentativa consistiu na realização de uma ação em dois dias, autorizada pela diretora Pity”, contou Jéssica.

Ela explicou que nesse primeiro momento os estudantes puderam levar para o muro gravuras que refletiam suas bandeiras de lutas sociais a fim de embelezar e também conscientizar os moradores sobre temas como violência contra a mulher e racismo estrutural.

“Após a ação, que cobriu apenas uma parte do muro, a escola passou por uma reforma e os grafites foram retirados. Mas, essa iniciativa desencadeou uma vontade muito forte de grafitar, não apenas espaços aleatórios, mas todo o muro da escola. E foi assim que nosso projeto nasceu, da vontade de estudantes e professores de realizar uma intervenção artística e social e do desejo da municipalidade de incentivar a arte urbana, usando o muro da escola como uma galeria de arte a céu aberto”, explanou Jessica.

Segundo a diretora Pity, todo o material para realizar a pintura e grafitagemfoi adquirido com recursos próprios da instituição. Ela lembrou que a Paróquia de Sant’Ana autorizou a pintura do muro que fica em frente à escola. “Nós tínhamos um muro sem vida. Com esse projeto, a ideia é que eles valorizem ainda mais a escola, que é a segunda casa deles. Com isso, a gente conscientiza a importância do cuidar”, afirma a diretora.

Pityprosseguiu dizendo que a obra colaborativa é a materialização de um sonho conjunto, que envolve escola e sociedade civil. “Objetivamos tornar nossa cidade mais consciente e bonita, por meio do potencial transformador da arte urbana”, informou.

ARTE EM CRESCIMENTO – A arte urbana tem evoluído por todo o mundo, sendo o grafite um meio de expressão social e de comunicação específica por meio de cores e traços, geralmente praticada por jovens de regiões periféricas. Enquanto linguagem da arte urbana, o grafite é visualmente atrativo e capaz de potencializar a comunicação com o mundo.

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