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Arroz de pato

Publicado em 16/11/2021 às 16:11

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Acredita-se que a primeira preparação do arroz de pato aconteceu em Portugal. Inicialmente, a receita era feita a partir de patos selvagens. Também há quem diga que ela surgiu como uma alternativa para reaproveitar alimentos sem utilidade. Mas acabou se tornando muito famosa, sobretudo pela textura da carne de pato. Afinal, ela é muito macia e traz um sabor marcante ao paladar.

Com isso, o arroz de pato foi admirado e ganhou espaço na culinária de diversos restaurantes. Hoje ele é uma iguaria sofisticada e com grande destaque na gastronomia portuguesa. Por essa razão, ainda é um dos mais apreciados pratos tradicionais lusitanos.

Meses atrás, numa reunião na casa de um casal de amigos, localizada em um bonito sítio na região do Soído, em Domingos Martins, ES, me comprometi a, assim que tivéssemos uma oportunidade, preparar um “arroz de pato” para saborearmos juntos. 

A oportunidade ocorreu no último fim de semana quando, junto com eles e outro casal de amigos e vizinhos, degustamos o que confeccionei aqui em casa, também em Domingos Martins.

Comecei cortando o pato fresco de 2 kg, aliás uma pata, pelo que me disse o feirante que a vendeu para mim, pelas juntas: coxas e sobrecoxas, pescoço, asas e o peito, que divide em quatro partes. Deixei tudo, dentro de uma vasilha, de molho numa “vinha d’alhos” preparado com pasta caseira de alho e cebola, sal, pimenta do reino, folhas de louro, duas cebolas descascadas inteiras, duas cenouras descascadas e cortadas em rodelas grandes, e meia garrafa de vinho tinto (usei um da uva merlot) por uma noite, na geladeira, coberto com filme plástico.

No dia seguinte dei uma fritada em azeite, numa panela de pressão, nas partes do pato, cuidando para que a pele ficasse em contato com o fundo da panela. Quando douraram deixei esfriar e retirei toda a pele. Voltei as partes para a panela de pressão, despejei o “vinha d’alhos” por cima e cobri tudo com um pouco de água. Deixei cozinhando por, aproximadamente, uma hora. Adicionei, então, as rodelas de cenoura e as cebolas inteiras e deixei mais vinte minutos no fogo, até que a carne estivesse bem macia e soltando dos ossos. Deixei novamente esfriar, reservei o caldo, para cozinhar o arroz posteriormente, e desfiei a carne da pata. 

Enquanto cozinhava a carne, piquei 500 g de bacon e fritei numa frigideira, deixando-o crocante. Retirei o bacon e fritei 800 g de linguiça suína caseira defumada, cortada em rodelas de um centímetro de espessura, até dourarem. Retirei-as da frigideira, reservei-as e, na própria gordura que estava na frigideira, voltei com o bacon, refogando a carne desfiada. 

Paralelamente, em outra panela, refoguei uma colher de sopa bem cheia de pasta caseira de alho e cebola em azeite e, quando já estava “no ponto”, acrescentei 3 xícaras de arroz parboilizado. Quando o arroz estava “brilhando”, ou seja, envolvido com o azeite e os temperos, adicionei o caldo do cozimento da carne desfiada e mais um pouco de água. Deixei secar o líquido e, quando o arroz ficou “al dente”, adicionei a carne desfiada e o bacon, homogeneizando bem a mistura. Coloquei junto, também, um pacotinho de ervilhas congeladas e as cenouras cozidas, agora cortadas em cubinhos, e 100 g de azeitonas pretas fatiadas. Verifiquei os temperos e o sal, não necessitando de correção. Deixei aquecer tudo e coloquei numa travessa de porcelana, para servir. Salpiquei salsinha por cima e enfeitei com as rodelas da linguiça frita, que é como manda a tradição portuguesa!

Modéstia à parte, ficou uma delícia. Acompanhamos com um vinho da uva Shiraz australiano, recomendado por uma das filhas de nossos convidados, que é somelière, e que acertou em cheio: ficou perfeito! Então, até a próxima!

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