APAE de Domingos Martins desenvolve projeto de Equoterapia

Publicado em 13/11/2017 às 16:10

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A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Domingos Martins está usando cavalos no tratamento dos pacientes. A entidade iniciou, no segundo semestre deste ano, um projeto de equoterapia, método terapêutico que utiliza cavalos na reabilitação e desenvolvimento de pessoas com limitações neuromotoras ou cognitivas.

O projeto é realizado com o apoio do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Domingos Martins, que viabiliza o recurso financeiro proveniente de infrações penais de pequeno potencial ofensivo, previstos na Lei nº 9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais).

As sessões de cavalgada são realizadas no Rancho Lua Grande, na Sede, em espaço cedido gratuitamente pelo proprietário do imóvel, Agnaldo Rios, que cedeu também dois cavalos para a prática das atividades.

Atualmente, 16 pacientes da Apae são atendidos pelo projeto. O tratamento com equoterapia é desenvolvido pela psicóloga Raísa Feitosa Teixeira e pela fisioterapeuta Ana Carolina Kiefer, com o apoio dos estagiários voluntários Gabriel Feitosa Damm (psicologia) e Cristina Gaede (fisioterapia) e de dois monitores. Os cavalos utilizados nas sessões são mansos e treinados para o desenvolvimento dessas atividades. A equipe que trabalha no projeto também recebeu capacitação.

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A fisioterapeuta Ana Carolina explica que os exercícios com o cavalo contribuem para a melhora do aspecto motor. “O movimento do cavalo estimula o desenvolvimento da coordenação motora e contribui para melhora da postura, equilíbrio, força muscular e percepção do próprio corpo. Inicialmente nas atividades o praticante é guiado por um monitor, mas à medida que ganha confiança ele pode chegar a conduzir o cavalo sozinho”, destaca.

Além do ganho físico, a interação com o cavalo também contribui para melhora da qualidade de vida, socialização e autoconfiança do paciente. “Temos uma paciente com autismo severo e que não apresentava progresso em ambiente clínico. Ela ficava muito agitada e o ambiente não fazia bem a ela. Então, iniciamos o tratamento com equoterapia para deixá-la mais calma e para que ela se percebesse em outros espaços e adquirisse consciência corporal e percepção do outro. Foram quase dois meses de sensibilização até ela adquirir confiança com o ambiente e com o cavalo. Hoje ela está mais calma e já está mais receptiva à presença do outro”, comemora Raísa. 

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Quem também comemora os resultados da equoterapia é Rosana Damm, mãe da pequena Sofia Damm Effgen, de 5 anos, diagnosticada com autismo leve. “Ela melhorou muito o comportamento desde que começou as sessões com o cavalo. Ela ficou mais calma e entende melhor as coisas. Adora vir para as sessões de cavalgada”, afirma.

Raísa explica que os participantes do projeto foram selecionados conforme avaliação particularizada e interesse dos pais ou responsáveis. “Primeiramente fizemos uma triagem dos casos e situações de pacientes indicados para a prática de equoterapia, pois há condições em que a prática não é aconselhada. Após esse processo elaboramos planos de tratamento individualizado de acordo com a evolução de cada paciente e quadro clínico com possibilidade de apresentar melhora significativa com o tratamento”, comentou Raísa. 

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