Alfredo Chaves abriga o polo nacional de pesquisa sobre o maruim

Publicado em 27/03/2025 às 15:45

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Foto: Everton Bassetto

O maruim, conhecido cientificamente como Culicoides paraensis, está sendo estudado em Alfredo Chaves, e as descobertas obtidas contribuirão para o controle desse mosquito em todo o Brasil. O município abriga o polo nacional de pesquisa sobre o inseto, com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

Na tarde de hoje (27), o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Orlei Amaral Cardoso, esteve na cidade para dialogar com pesquisadores e com a equipe da Secretaria de Saúde local. O encontro ocorreu na Câmara de Vereadores.

Atualmente, 11 pesquisadores dessas instituições estão analisando as comunidades mais afetadas pelo inseto, realizando coletas e testando produtos para controle. Para apoiar o estudo, a Secretaria de Saúde de Alfredo Chaves disponibilizou uma sala, que foi adaptada e transformada em laboratório.

Segundo os pesquisadores, a pesquisa está na segunda fase, que inclui a coleta, identificação e experimentação de diferentes substâncias para testar a eficácia de inseticidas. Na próxima etapa, as amostras serão enviadas ao laboratório da Fiocruz para uma análise detalhada, possibilitando uma avaliação mais precisa dos resultados.

“As informações coletadas permitirão estruturar melhor a Vigilância do Oropouche, adotar medidas mais eficazes no controle do vetor e, consequentemente, reduzir os casos da doença, além de melhorar a qualidade de vida da população, que tem sofrido com a alta infestação”, explicam as pesquisadoras Lesliane de Amorim (Ministério da Saúde), Karina Bertazo (Sesa) e Jéssica Gouvea (Fiocruz).

Para o prefeito de Alfredo Chaves, Hugo Luiz, a pesquisa será essencial para definir estratégias eficazes contra o mosquito. “Acredito que esses dados nos trarão uma direção clara para controlar esse inseto e reduzir o incômodo que ele tem causado em todo o Estado”, afirmou.

O Espírito Santo registrou o maior número de casos notificados de Oropouche em 2024, incluindo óbitos. Em Alfredo Chaves, a equipe constatou uma elevada densidade do vetor. Coletas realizadas em dezembro apontaram uma grande quantidade de Culicoides paraensis infectados com o vírus do Oropouche.

Pesquisa sobre maruins

Equipe multidisciplinar:

  • Jéssica Gouvea (Fiocruz) – Bióloga
  • Quesia Amorim (Fiocruz) – Bióloga
  • José Bento (Fiocruz) – Biólogo
  • Vincent Corbel (IRD) – Biólogo
  • Rodrigo Pinheiro (CGARB – MS) – Veterinário
  • Lesliane de Amorim (CGARB – MS) – Enfermeira
  • Karina Bertazo (Sesa) – Bióloga
  • Ailton Mirandoli (Sesa) – Agente de saúde
  • Ubiraci Miranda (Sesa) – Agente de saúde
  • Saulo Crema (Sesa) – Agente de saúde

Texto: Dirceu Cetto | Fonte: PMAC

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