Agricultora se dedica ao artesanato no interior de Alfredo Chaves
Publicado em 20/05/2017 às 10:47
As mãos que lidam com a lavoura e as tarefas de casa são as mesmas que cuidam com muito carinho de um jardim repleto de gramas e flores. Essa é a história da agricultora Margarida Marotto, 47 anos, que mora na comunidade São Roque de Maravilha, em Alfredo Chaves.
Casada há 30 anos com Anterno Marotto e mãe de dois filhos, Margarida, diferente de muitos artesãos que desde a infância já apresentam habilidades para esse tipo de atividade, entrou nesse meio por necessidade. “Na época, eu era recém-casada e estávamos com dificuldades para fazer a nossa casa. Eu e meu marido chegamos a vender nossas alianças de casamento para ajudar na compra dos materiais de construção. Foi quando minha cunhada, que já sabia fazer vários trabalhos, sugeriu que eu aprendesse para ajudar nas despesas. E foi aí que tudo começou”, relata.
O gosto pelo artesanato começou a crescer junto às peças, que ganharam formas, cores, tamanhos e variedades: bordados, ponto cruz e crochê aplicados em almofadas, mantas de sofá, camisas, pesos de portas, puxa-sacos, panos de pratos, bonecas, cachecóis, chapéus, enfeites, dentre outros.
Para se ter noção, a quantidade de peças era tão grande que não couberam mais na varanda da casa e aí surgiu a ideia de criar uma loja no quintal de casa. “Já tem dois anos que montei a minha lojinha de artesanato no quintal. Ficou mais organizado e consigo mostrar as peças com mais facilidade para minhas clientes e visitantes”, conta Margarida.
A artesã é ligeira ao falar da dedicação ao artesanato e da rentabilidade dos produtos. “Faço porque me apaixonei por tudo isso que vocês estão vendo. Às vezes, vou dormir depois da meia noite”. E sobre os lucros, a senhora de mãos talentosas responde que os trabalhos ajudam a manter a faculdade de Direito da filha.
Todas as produções de Margarida podem ser encontradas em sua lojinha, que fica na localidade de São Roque de Maravilha, há 28 quilômetros da sede do município, e abre todos os dias a partir das 10 horas.
No espaço, além das peças, os visitantes também podem conhecer mais sobre outra habilidade da agricultora: a produção de saborosas trufas, licores, mel, fubá e café da roça, também expostos para venda.