“O governo precisa criar um vale-gás focalizado”, defende presidente do Sindigás

Publicado em 23/09/2021 às 19:50

Compartilhe

97646


source
Sergio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás, foi o convidado do Brasil Econômico desta quinta-feira (23)
Reprodução: iG Minas Gerais

Sergio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás, foi o convidado do Brasil Econômico desta quinta-feira (23)

Sergio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás, foi o convidado do  Brasil Econômico ao Vivo desta quinta-feira (23) e defendeu a criação de um vale-gás do governo federal para combater o uso crescente de lenha e tornar o GLP (Gás liquefeito de petróleo) mais acessível. 

O número de residências usando lenha para cozinhar já supera o uso de gás . Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que o uso dessa matriz de energia começou a aumentar em 2014, mas só ultrapassou o GLP em 2018. No ano passado, 26,1% dos brasileiros usavam lenha contra 24,4% que usavam o botijão.

Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro chegou a ventilar a possibilidade de  destinar R$ 3 bilhões da Petrobras  para subsidiar a compra do gás de cozinha, mas a ideia foi desmentida pelo presidente da estatal , general Joaquim Silva e Luna, e não avançou. 

“Sempre que o governo tentou subsidiar o GLP, subsidiou-se para todo mundo, esse foi o erro. Supondo que você despeje R$ 3 bilhões por ano no botijão de 13 kg, você vai baratear em R$ 6 o produto. Isso não muda a vida de ninguém, tem pouca potência”, explica Sergio. 

“Se eu pegar esse valor e destinar para 10 milhões de famílias, eu vou conseguir dar, a cada dois meses, cerca de R$ 50 para ajudar na compra do botijão. Isso sim tem potência, e são os mesmos R$ 3 bilhões”, completa.

Para localizar esses vulneráveis, o presidente do Sindigás sugere o CadÚnico que “apesar de ter defeitos”, é um “luxo que poucos países têm”. 

No Senado, tramita o Projeto de Lei (PL) 2.350/2021, de autoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM) que cria o Programa Gás para os Brasileiros , pelo prazo de cinco anos, a ser custeado por meio da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre Combustíveis (Cide).

A ideia seria dar a cada dois meses um botijão de 13 kg para famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo, ou que tenham entre seus membros residentes no mesmo domicílio quem receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O projeto seria analisado na sessão semipresencial de 17 de agosto, mas foi retirado de pauta por decisão do Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Veja:


Lives Brasil Econômico

Semanalmente, a redação do Brasil Econômico entrevista algum especialista para aprofundar um tema relevante do noticiário econômico. Sempre às quintas-feiras, as transmissões começam às 17h pela página do Facebook e pelo canal do iG no Youtube.


Veja também

tech-day

 ‘Tech Day’: Sesa promove o primeiro encontro sobre novidades em tecnologia para gestão aplicada à saúde

residuos-de-agrotoxico

Saúde inicia implantação de Programa de Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos

programa-gov

Programa Nossa Bolsa 2024/02: Divulgado o resultado da lista de espera

Araguaya (2)

Festa com tombo da polenta e shows para celebrar a imigração italiana em Marechal Floriano

saude-02-08-Foto-Helio-Filho-Secom-oculos-inteligente

Alunos da rede pública do Espírito Santo com deficiência visual recebem “óculos inteligente”

politica-02-08-ft-gov-es

Cachoeiro de Itapemirim recebe obras de infraestrutura e restauração do Palácio Bernardino Monteiro

geral-02-08-ft-Rafa-Neddermeyer-Ministerio-do-Trabalho

Saúde mental fará parte de relatórios de gestão de risco de empresas

mundo-02-08-ft-Reproducao-Twitter-Nicolas-Maduro

Maduro prende 1.200 pessoas e promete enviá-las para prisão máxima após protestos