Rio: exigência de comprovante de vacina reduz atrasos na 2ª dose

Publicado em 03/09/2021 às 12:20

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© Tânia Rêgo/Agência Brasil


Após a prefeitura do Rio de Janeiro anunciar, no dia 27 de agosto, que iria exigir a comprovação vacinal contra covid-19 para acessar locais fechados como cinemas, clubes, academias e pontos turísticos, a procura nos postos de saúde aumentou e levou a uma diminuição de 40% no contingente em atraso da segunda dose. A informação foi divulgada durante a apresentação do 35º Boletim Epidemiológico da covid-19 na cidade, na manhã de hoje (3).

A exigência começaria no dia 1º de setembro, mas devido à instabilidade no aplicativo ConecteSUS, no qual os cidadãos podem gerar o comprovante de vacinação de forma digital, a obrigatoriedade foi adiada para o dia 15 de setembro. De acordo com o superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Márcio Garcia, a estratégia é um “case de sucesso” para aumentar a proteção coletiva na cidade.

“Desde a publicação dos decretos sobre a exigência da comprovação de vacinação para uma série de procedimentos, benefícios e ingresso em estabelecimentos, nós aumentamos a busca de pessoas que não haviam se vacinado e passaram a procurar as unidades de atenção primária, seja D1 ou D2, e tivemos uma redução de 40% de pessoas com a segunda dose em atraso. É o significado de que a estratégia deu certo e acaba sendo um incentivo para as pessoas que não se vacinaram regularizarem a situação”.

Na semana passada, a SMS havia divulgado que 180.277 cariocas não retornaram aos postos na data prevista para completar o esquema vacinal, sendo 50.634 pessoas com a CoronaVac, 122.652 com a Astrazeneca, e 6.991 com a Pfizer em atraso. Até o momento, 96,7% da população a partir de 18 anos na cidade recebeu ao menos a primeira dose e 51,4% estão com o esquema completo, seja com as duas doses ou a dose única da fabricante Jansem.

O secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, destaca que a procura foi maior que o esperado pela pasta, o que levou ao esgotamento dos estoques da CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

“Foi muito impressionante a corrida para tomar a primeira dose e a segunda dose de pessoas que estavam com a vacina atrasada. A gente não esperava um resultado tão positivo. Ao longo das próximas duas semanas uma série de ações serão feitas, de treinamento, orientação, fiscalização. Importante destacar que quem tomou a vacina fora do país pode apresentar o certificado internacional e os certificado dos voluntários dos instituto de pesquisa, que tomaram a vacina lá no começo, ainda nos testes, também são válidos”.

O certificado da vacinação será exigido de acordo com o calendário de imunização. Para quem tem 60 anos ou mais a obrigatoriedade para as duas doses começa em 15 de setembro. As demais idades seguem o escalonamento, com a comprovação apenas da primeira dose num primeiro momento e a partir de 15 de novembro será exigido o certificado de segunda dose para as idades de 18 a 29 anos.

Quem notar divergências no certificado digital, pode enviar um e-mail para suporteconectesus@rio.com.br, ou procurar a unidade de saúde para fazer a correção.

Boletim epidemiológico

Os dados apresentados pela SMS indicam que os atendimentos por síndrome gripal e por síndrome respiratória aguda grave (Srag) na rede de urgência e emergência na cidade teve um leve declínio nos últimos dias. Os casos confirmados de covid-19 se estabilizaram em um platô bastante alto, depois da subida das últimas semanas. O número de óbitos teve um pequeno aumento nas semanas anteriores e estabilizou nas três últimas semanas.

O aumento grande de síndrome gripal não veio acompanhado de casos graves nem de óbitos. O mapa de risco para transmissão da covid-19 permanece na cor laranja, de transmissão alta, em todo o município, sem alteração desde a semana 31.

A vigilância genômica indica que, em agosto, 86% dos casos de Sars-CoV-2 na cidade são da variante Delta e 14,3% da variante Gama, sendo que na última análise feita no mês a proporção era superior a 90%. Apesar de ser mais transmissível, a SMS destaca que 96% dos casos de Delta identificados pela análise evoluíram para alta e cura, tendo sido registrado um óbito e uma pessoa continua internada. A análise genômica não é feita em todos os casos positivos de covid-19, apenas em uma amostragem dos pacientes.

A Secretaria destaca que a pandemia não acabou e todas as medidas de proteção ainda são necessárias. Os decretos restritivos foram adiados até o dia 13 de setembro. Segundo Soranz, apesar de na última semana ter diminuído em 10% o número de pessoas internadas com covid-19 na cidade, 190 permanecem internadas com pós-covid e sequelas da doença.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Saúde

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