Brasileiro toma banho e escova dentes mais vezes que cidadãos de outros países

Publicado em 31/08/2021 às 07:20

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Consumo de produtos de higiene aumentou na pandemia. São 8,5 duchas por semana, contra 6,5 nos EUA. Média é o dobro da mundial nos cuidados bucais
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Consumo de produtos de higiene aumentou na pandemia. São 8,5 duchas por semana, contra 6,5 nos EUA. Média é o dobro da mundial nos cuidados bucais

O setor de higiene e cuidados pessoais atravessou a pandemia sem crise. Em 2020, as vendas da indústria cresceram 5,8%, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). No primeiro semestre deste ano, houve nova alta, de 4%.

Em vários países, as compras de itens como sabonete e álcool em gel aumentaram com a pandemia da Covid-19, com o crescimento dos cuidados com higiene para evitar a transmissão do vírus. Mas, no Brasil, a pandemia só intensificou um traço cultural do país: a maior preocupação com limpeza e cuidados pessoais aqui em relação a outros lugares.

Números da Procter&Gamble, gigante americana do setor que é dona de marcas como Pampers e Oral B, comprovam essa diferença.

O brasileiro toma banho em média 8,5 vezes por semana. Entre os americanos, esse número é de 6,5 vezes. No quesito uso de desodorante, a distância entre os brasileiros e os americanos é ainda maior: aqui, usa-se em média duas vezes por dia. Nos Estados Unidos, é 1,2 vez.

O brasileiro também é mais assíduo na higiene bucal. Escova-se os dentes três vezes por dia no Brasil, o dobro da média global. E, na pandemia, houve avanço de vendas de produtos nessa categoria no Brasil:

“Com o uso das máscaras, as pessoas tiveram maior consciência do seu próprio hálito e passaram a cuidar mais da higiene bucal”, explicou, em entrevista ao GLOBO, a presidente da Procter & Gamble (P&G) no Brasil, Juliana Azevedo.

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Outra curiosidade nos hábitos de consumo do brasileiro é que, durante a pandemia, não houve queda nas vendas de lâminas de barbear no Brasil. Na Colômbia e no México, segundo dados da P&G, houve contração neste segmento.

“Com o isolamento social provocado pela pandemia, muitos homens pararam de se barbear e as mulheres não raspavam as pernas porque não saíam de casa”, contou Juliana.

Os números da P&G mostram que as brasileiras são também mais engajadas com produtos de beleza. Por aqui, 85% das mulheres acreditam que podem ficar mais bonitas, ter um cabelo, pele e corpo melhor se fizerem algum esforço pessoal ou comprarem um produto. Já entre as americanas, esse índice cai para 35%.

“O brasileiro é um povo muito limpo. Os dados mostram isso. São traços da nossa cultura e da nossa sociedade que se acentuaram na pandemia”, resumiu a executiva.

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