Futebol de 5 em busca do penta – e do cartel limpo – no Japão

Publicado em 29/08/2021 às 13:50

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© Ale Cabral/CPB/Direitos Reservados


Quem acompanha esporte há muito tempo já deve ter presenciado ou pelo menos sido contemporâneo de algum atleta ou equipe que parecia imbatível, tamanha a quantidade de vitórias e conquistas em um determinado período. Mas até Mike Tyson, a seleção norte-americana de basquete ou mais recentemente Teddy Riner veem seu reinado se encerrar (Floyd Mayweather, no entanto, ainda pode ter a última palavra nessa discussão).

A seleção brasileira de futebol de 5, embora talvez não tão conhecida do público em geral, alcançou status semelhante, principalmente a partir de 2006, quando já era campeã da primeira edição da Paralimpíada que teve a modalidade em seu programa (Atenas 2004). Após uma derrota para a Argentina na final do Mundial daquele ano, o país ficou mais de dez anos sem ser derrotado em uma decisão, até perder – novamente para a grande rival – no jogo do título da Copa América de 2017. Desde então, não voltou a perder uma competição.

Além disso, em Jogos Paralímpicos, o Brasil nunca saiu de campo derrotado. A invencibilidade se estendeu a 23 partidas com o triunfo na estreia em Tóquio diante da China por 3 a 0. Vale lembrar que os chineses dificultaram a vida dos brasileiros na semifinal no Rio, há cinco anos.

Em toda oportunidade de conversar com os integrantes do time, o longo retrospecto positivo acaba sendo abordado. Segundo o comandante do Brasil, Fábio Vasconcelos, que foi goleiro da equipe em três Paralimpíadas (Atenas, Pequim e Londres), essa visão extremamente otimista com relação ao que se deve esperar da seleção em Tóquio não encontra espaço dentro do grupo. O motivo principal para os seguidos bons resultados mesmo com a mudança nos nomes é a profissionalização cada vez maior do esporte. A equipe tem uma estrutura de altíssimo nível à disposição no centro de treinamento em São Paulo. Atualmente, consegue até montar um selecionado de jovens sub-15, apostando na formação de atletas identificados de forma precoce. 

“Em média, um atleta cego demora oito anos para ficar pronto para atuar nesse nível que estamos”, revela Fábio.

A preparação também foi pensada de forma adiantada para se adaptar a possíveis obstáculos no Japão. Um exemplo: ao chegar ao Japão, a equipe realizou treinos exatamente no mesmo horário das três primeiras partidas, 11h30 da manhã. Chegou a registrar sensação térmica de 48 graus. Durante a partida contra os chineses, a atmosfera estava bem próxima disso.

Com o talento à disposição e a estrutura para lapidá-lo, é justo afirmar que o Brasil é o favorito para o ouro, embora a Argentina esteja em Tóquio rondando à espreita dos brasileiros querendo quebrar outra escrita. Assim como Mayweather, o boxeador que nunca perdeu uma luta profissional, a seleção quer manter o cartel limpo e zerado. E para os supersticiosos, um dado relevante: o penta olímpico seria conquistado no Japão. Lembra algo?

Edição: Marcio Parente

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