Atendimento remoto do Incaper agrada produtores
Publicado em 18/04/2020 às 18:27
Com atendimento remoto desde o dia 23 de março, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) precisou adequar suas rotinas, criando novas formas de atendimento ao público mantendo a qualidade dos serviços e a dedicação aos agricultores familiares do Espírito Santo.
“Como já alertado pelo Incaper, há um número expressivo de idosos no meio rural e nossa preocupação foi adequar nossa rotina e também a forma de disponibilizar tecnologias e manter a orientação aos agricultores familiares, que neste momento nos demandam ainda mais em virtude das mudanças e dos desafios impostos pela situação da pandemia do novo Coronavírus”, afirmou a Gerente de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do Instituto, Jaqueline Sanz.
Uma das adequações práticas foi criar um “novo conceito” de método de Ater, possibilitando a inserção dos atendimentos e das orientações técnicas no conceito de atendimento remoto, que é feito a partir do contato do agricultor via telefone e aplicativos de mensagens. O agricultor liga ou encaminha sua dúvida e necessidade diretamente ao técnico ou à própria gerência de Ater. O atendimento é imediato.
Os técnicos passam toda a orientação necessária, seja técnica ou mesmo sobre comercialização e acesso a políticas públicas ou demais benefícios. Caso seja algo muito específico, o representante do Incaper vai atrás da informação e retorna assim que possível, não deixando a família rural sem retorno e assistência.
“Entre os dias 23 de março – quando teve início a realização do atendimento remoto – até o dia 17 de abril, foram contabilizados mais de 1200 atendimentos, o que consideramos um número muito positivo e que demonstra pelo menos duas importantes questões: a primeira é que o atendimento ao nosso público continua, apesar de estarmos trabalhando remotamente, e isso é extremamente relevante para a gente, pois demonstra que os agricultores não abrem mão do nosso atendimento e que sabem que continuam amparados e podem contar com o Incaper. Outro ponto importante é refletir sobre o momento, aprendemos como questões colocadas na turbulência podem resultar em adaptações positivas e duradouras, pois acreditamos que esse conceito de atendimento vai continuar, uma vez que é de praxe essa relação próxima e pessoal entre o agricultor e o técnico, com orientações corriqueiras que acontecem pelos mais variados canais de comunicação”, disse a gerente.
“O Incaper segue as diretrizes do Governo do Estado, preservando a vida e o bem-estar, tanto dos servidores quanto da população capixaba, mas mantendo nosso atendimento de forma eficiente e com segurança para todos. Esse número que temos hoje mostra que o Incaper continua presente, sugerindo e construindo soluções junto com as famílias rurais e da pesca”, afirmou o diretor-presidente do Incaper, Antônio Carlos Machado.
Agricultor de Irupi, Douglas Andrade foi um dos produtores que receberam atendimento remoto e aprovou. “Nesse período de quarentena, eu mantive contato com o técnico do Incaper, EdiézioVimercate de Carvalho, por aplicativo de mensagens. Nós trocamos fotos e algumas informações, porque eu estou com uma lavoura nova. Ele me deu várias orientações a respeito de pulverização e adubação. Mesmo estando distantes, mantivemos o contato e todas as dicas foram de muito bom proveito”, afirmou.
O extensionista do Incaper, Cássio Vinícius de Souza, valorizou e pontuou a importância do atendimento remoto realizado pelo Incaper. “Mesmo remotamente conseguimos cumprir nossa missão: promover soluções tecnológicas e sociais por meio de ações integradas de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, visando o desenvolvimento do Espírito Santo. Os serviços do Incaper são essenciais para a manutenção do abastecimento do Estado do Espírito Santo e na crise pudemos demonstrar o nosso valor, principalmente para quem depende diretamente dos nossos serviços”, pontuou.
O extensionista ainda reforçou a importância da relação com os produtores rurais. “A tecnologia é uma ferramenta que auxilia a promoção do desenvolvimento rural sustentável. Temos que utilizá-la em todas as suas formas de maneira legal e responsável. Apesar de termos conseguido continuar nossos trabalhos, a relação próxima entre extensionista e produtor ainda é, e acredito que sempre será, muito importante para estreitar os laços de fidelidade entre as partes. Contudo, esse momento está nos levando a reflexões que mudarão para sempre e para melhor a prestação dos nossos serviços e as relações para com as pessoas”, detalhou.