Visitante mineira reclama de atendimento do Hospital de Domingos Martins
Publicado em 12/02/2020 às 11:53
A mineira Maria Madalena Monteiro de Queiroz, 69 anos, que passava alguns dias de férias na casa de seu filho, em Domingos Martins, sofreu um acidente doméstico enquanto manipulava o socador de alho. Maria descuidou-se e golpeou um dos dedos da mão esquerda, ao triturar o alho sobre uma tábua de madeira.
Imediatamente após o ocorrido, pela manhã, Maria procurou o Hospital Dr. Arthur Gerhardt (HMAG), de Domingos Martins. Lá chegando, foi feita uma radiografia, que constatou uma fissura no quarto dedo, e que logo foi diagnosticada como fratura da falange distal.
Ela recebeu medicação intravenosa para diminuir a dor que sentia. Após ser medicada, o médico fez um encaminhamento a paciente para que ela buscasse um ortopedista, a fim de que outras medidas adequadas à fratura fossem tomadas, uma vez que o Hospital não possui a especialidade de ortopedia.
Desta forma, Maria Madalena seguiu para o Centro de Saúde Dr. Humberto Saleme do Valle, também em Campinho, onde não conseguiu o especialista, pois os atendimentos do Centro de Saúde não são nem de urgência, nem de emergência, mas sim eletivos, ou seja, os pacientes recebem atendimentos a partir de um agendamento.
Ela também buscou ser atendida por um médico particular, mas o profissional já não estava mais em seu consultório na ocasião. Depois de idas e vindas, ela decidiu ir até uma farmácia, comprar esparadrapo, gaze e palitos de madeira, com o objetivo de imobilizar o dedo.
Confira aqui a entrevista com Maria Madalena:
HMAG envia nota ao Portal Montanhas Capixabas
O Portal Montanhas Capixabas conversou com o doutor Wanderson Aleixo, diretor técnico do Hospital de Domingos Martins, que em nota esclareceu o que ocorreu no caso da senhora Maria Madalena.
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Ele afirmou que o HMAG utiliza-se de protocolos de atendimento realizados em prontos – socorros, e que são seguidos pelos médicos assistentes do serviço. Sendo assim, nos casos de traumas e fraturas, se realiza o atendimento inicial, com avaliação clínica e com o auxílio de exame de imagem (radiografia), para então definir a gravidade e a conduta a ser tomada.
“Em caso de fraturas simples faz-se uma radiografia e se encaminha o paciente ao pronto socorro do Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE). Este é o direcionamento mais adequado a ser seguido”, explica o diretor.
Porém, a partir do momento que o paciente é liberado do pronto socorro, perde-se o controle de conduta a ser tomada pelo mesmo. “É por este motivo que pedimos aos pacientes a buscarem a Unidade Básica de Saúde para atendimento com ortopedista do sistema de saúde do município ou a buscar atenção particular como opção”, orienta Wanderson.
O diretor ainda lembrou que estão sendo feito os esforços para iniciar o serviço de ortopedia no hospital, possibilitando atender e resolver grande parte das demandas ortopédicas de urgência, emergência e ambulatorial na própria instituição.