Sucessão familiar é tema de seminário em Marechal Floriano

Publicado em 11/01/2020 às 11:01

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A sucessão familiar é um tema bastante atual. Se antes um jovem ter sucesso significava conseguir sair da roça e ir para a zona urbana, hoje essa realidade está mudando. E foi para discutir esse tema que o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) realizou, nesta quinta-feira (09), em Marechal Floriano, o seminário “Juventude Rural e Sucessão Familiar”.

O diretor Técnico do Incaper, Nilson Araújo Barbosa, ressaltou a importância da discussão do tema do seminário. “Fico feliz em ver essa juventude participando e tendo a noção do quanto é importante a sucessão familiar. Esse evento mostra que a busca pelo conhecimento é cada vez mais importante para a continuidade no campo”, disse.

O engenheiro agrônomo e analista em desenvolvimento rural do Incaper, Ênio Bérgoli, apontou em sua palestra a diferença entre herança e sucessão, além de reforçar que o jovem tem se interessado cada vez mais em permanecer no campo.

“A herança é apenas um bem que é passado para a próxima geração após a morte. A sucessão é um processo que é realizado todo em vida e que leva tempo. São no mínimo dois anos para se consolidar, podendo chegar a 10 ou até mesmo 15 anos. Antes, sucesso para o jovem era estudar para sair do campo. Hoje, cada vez mais com o advento da tecnologia no agro, o jovem estuda para voltar e empreender. O jovem tem valorizado cada vez mais o conceito de empresa rural”, afirmou.

Giucélia Souza se interessou tanto pelo tema que saiu de Afonso Cláudio para se atualizar no seminário em Marechal Floriano. “É um tema importantíssimo. Podemos aprender mais e refletir sobre ele, além de conhecermos novas pessoas que também se interessam pela sucessão familiar. A qualidade dos palestrantes também é um fator que estimula a participar”, salientou.

O engenheiro agrônomo do Incaper, Fabiano Tristão, abordou o tema “cafés especiais”. Segundo ele, é um assunto que incentiva bastante o jovem a permanecer no campo. “O consumo de grãos especiais vem crescendo muito no Brasil. Enquanto o consumo dos cafés comuns cresceu cerca de 2%, o de cafés especiais aumentou aproximadamente 15%. A produção desses grãos demanda muita tecnologia, que é uma coisa que sabemos que atrai muito o jovem. Então, temos que preparar a juventude para assumir esse negócio”, finalizou.

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