Elas no Campo e na Pesca: agricultoras conhecem experiências em Floricultura em Santa Teresa

Publicado em 09/11/2019 às 13:00

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A primavera é uma estação em que ocorre o florescimento de várias espécies de plantas e, pensando nisso, agricultoras e agricultores do município de Santa Teresa aprenderam e trocaram experiências sobre floricultura, desde os cuidados nos cortes até a produção e o mercado de arranjos.

A ideia surgiu de uma parceria entre o escritório local do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) local com a Secretaria Municipal de Agricultura e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Anchieta.

Mais de 20 agricultoras participaram de uma excursão técnica no município de Santa Teresa, recepcionadas pelos extensionistas Carlos Alberto Sangali de Mattos e Ranusa Coffler.

A programação contou com uma palestra técnica focada no mercado, mostrando a complexidade, as tendências e a rentabilidade do setor. Além disso, elas puderam participar de minicursos sobre os sistemas de produção de antúrio, gérbera, gypsophila, tango, aster e avencão.

Também fez parte do roteiro uma visita técnica na propriedade de Jocimar José Taufner e Zilei Aparecida Sperandio Taufner, onde foram materializadas e consolidadas tecnologias como: sistemas de construção de telado e estufa; aquisição de mudas geneticamente melhoradas;, preparo de canteiros; correção e nutrição de solo plantio; manejo da cultura; controle fitossanitário; utilização de luz artificial; condução da planta (poda, pinch); colheita; pós colheita; uso de conservantes; embalagem; comercialização; e transporte.

Pela participação significativa de mulheres agricultoras durante a excursão, a ação também faz parte do Projeto “Elas no Campo e na Pesca”, uma iniciativa da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) que compõe o Programa “Agenda Mulher”, da Vice-Governadoria, com ações integradas entre os demais órgãos do Estado, prefeituras e parceiros. O objetivo é estruturar e realizar as ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida das mulheres que vivem no campo e que atuam em atividades pesqueiras.

“A ação contribuiu para aprendermos e compartilharmos as experiências e saberes de forma coletiva. Os grupos das mulheres rurais têm, historicamente e culturalmente, a prática do fazer coletivo em suas comunidades, porém com passar dos tempos, muitas vezes essa prática vem se perdendo, ou sendo ressignificada. Momentos de interação, de ações coletivas, como este, são fundamentais para despertar ou retomar essas práticas e valorizar esses saberes”, salientou a economista doméstico e coordenadora do escritório local do Incaper em Anchieta, Cristiana Barbosa.

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A agricultora da comunidade de Goembê da Anchieta, dona Augusta, contou que tudo o que aprendeu na excursão, irá colocar em prática em sua propriedade. “Aprendemos até a plantar e quais espécies e variedades de flores podemos ter na nossa região. Aprendi sobre o antúrio. Vendo na prática, fica mais fácil entender. Já estou até vendo quanto custa fazer sombrite. E quando tiver mais momentos como esses, eu quero participar de novo”, afirmou.

Cristiana Barbosa ainda explicou que a ida da dona Augusta até a excursão, é fruto de uma outra excursão feita com a família da agricultora, em Alfredo Chaves, para conhecer uma floricultura rural, as flores em vasos, e o paisagismo rural local.

Para a zootecnista do Incaper lotada na unidade em Anchieta, Juliana de Barros Valle, a produção de flores tem uma “magia” que só foi possível conhecer a fundo durante esses momentos. “Foi enriquecedor, desde os conceitos técnicos de produção, as diversas espécies e variedades de flores e os mercados existentes, até a prática com os canteiros de flores e os manejos necessários e pertinentes à cultura em questão. Na ocasião, a família estava colhendo parte da produção e preparando para entrega e pudemos conhecer essa etapa detalhadamente. Por fim, foi gratificante ouvir o relato dos produtores desde a concepção da ideia de iniciar no mercado de flores até as dificuldades encontradas e os resultados alcançados. Valeu muito a pena”, completou.

“As mulheres rurais de Anchieta puderam acessar alternativas de geração de renda por meio da produção de flores, especificamente a produção de flores de corte. Essa visita gerou também o interesse em conhecer experiências sobre paisagismo rural para as mulheres inseridas em atividades do turismo rural em Anchieta. Essa já é uma demanda para um para um próximo passo”, comentou a gerente da Secretaria de Agricultura de Anchieta, Simone Battestin.

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