Deslizamento de terra mata um e deixa dois trabalhadores feridos em Afonso Cláudio
Publicado em 14/08/2018 às 11:21
Três trabalhadores foram soterrados na tarde desta segunda-feira (13), no Bairro Campo 21, em Afonso Cláudio, Região Serrana do Estado. Diante de uma multidão, o trabalho para resgatar as vítimas envolveu o K9 (Operações com Cães), SAMU, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e alguns voluntários. Dois sobreviveram e um morreu no local.
As vítimas trabalhavam para espaçar o terreno atrás da residência para a construção de um muro de arrimo. Ainda não é possível afirmar o que teria contribuído para o acidente, mas foi verificado e comentado pelos profissionais que o barranco é muito alto, e a terra que soterrou os três trabalhadores estava úmida. Segundo vizinhos, houve muita correria após a tragédia.
Por conta da quantidade de terra, foi uma busca cuidadosa por parte do Corpo de Bombeiros, dos policiais, de uma máquina retroescavadeira da prefeitura, e da equipe K9 com seus cães farejadores. O acidente ocorreu por volta das 16 horas e só às 18h30 é que o primeiro trabalhador foi localizado e retirado com vida. Ele foi encaminhado para o hospital da cidade.
Trata-se de Emílio Peter, o popular Tatu, que é muito conhecido em toda região. Ele reclamava de dores e foi conduzido ao Hospital São Vicente de Paulo. A verdadeira corrida contra o tempo e a favor da vida continuou, já que mais dois estavam debaixo da terra. A segunda vítima foi localizada por um dos voluntários, que gritou da garagem e ouviu uma resposta do outro lado.
A resposta quase sem voz era de José Maria, que estava do outro lado de uma porta de zinco. O local foi aberto com muito cuidado, utilizando motosserra e outras ferramentas para chegar até o trabalhador. Um procedimento que demandou cautela para evitar que mais terra caísse sobre seu corpo. Zé Maria foi resgatado com fraturas nas pernas e levado para Vitória.
Depois de quatro horas de intenso trabalho, a última vítima foi encontrada sem vida. O desânimo era visível nos semblantes dos profissionais e voluntários. O corpo de Maximiliano Coco ficou no local, aguardando a chegada da perícia, enquanto a multidão que acompanhava o resgate deixava o local. Era o fim das buscas.